Mirella Pinho Francisconi foi atingida por um tiro na cabeça enquanto voltava da praia com a mãe no último domingo.
28 de Janeiro de 2025 às 16h00

Menina de 2 anos baleada no Rio de Janeiro permanece em estado grave

Mirella Pinho Francisconi foi atingida por um tiro na cabeça enquanto voltava da praia com a mãe no último domingo.

O estado de saúde de Mirella Pinho Francisconi, uma menina de apenas dois anos, é considerado grave após ser baleada na cabeça na Avenida João Ribeiro, no bairro de Pilares, na zona norte do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu no último domingo, 26, quando a criança voltava da Praia de Copacabana, dormindo no colo da mãe, Mayara Francisconi, e foi atingida por um disparo durante um tiroteio.

A menina foi inicialmente atendida no Hospital Municipal Salgado Filho, localizado no Méier, mas devido à gravidade do ferimento, foi transferida para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde permanece internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). O tiro que atingiu Mirella é registrado como o primeiro caso de criança baleada na região metropolitana do Rio em 2025.

Segundo informações da Polícia Civil, o tiroteio aconteceu enquanto mãe e filha aguardavam um carro de aplicativo para retornar para casa. Naquele momento, outras cinco crianças que também voltavam da praia estavam com elas. O tiroteio teria sido provocado por assaltantes que tentaram abordar um veículo de luxo que passava pela avenida.

Dados do Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência no estado, revelam que, em 2024, 26 crianças foram baleadas no Rio de Janeiro, das quais quatro não sobreviveram. Desde julho de 2016, um total de 698 pessoas entre zero e 17 anos foram vítimas de disparos na cidade, resultando em 309 mortes.

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Mayara, a mãe de Mirella, relatou que a família havia passado um dia tranquilo na praia e que, ao aguardarem o transporte para casa, tudo aconteceu de forma repentina. “Só ouvimos um estalo e uma luz clara assim, rápido, e quando fui ver ela já estava baleada. Minha filha não merecia passar por isso”, afirmou a mãe em entrevista à TV Globo.

O pai de Mirella, que não estava presente no momento do incidente, recebeu a notícia enquanto se preparava para ir à missa. Ele descreveu a experiência como devastadora: “Fiquei desesperado e quase desmaiei. Saí correndo para o Salgado Filho”, contou.

O caso está sendo investigado pela 23ª Delegacia de Polícia (Méier), que busca esclarecer as circunstâncias do tiroteio e identificar os responsáveis pelo ataque. Até o momento, não há informações sobre prisões relacionadas ao caso.

O incidente ressalta a crescente preocupação com a segurança pública no Rio de Janeiro, especialmente em áreas onde a violência armada tem se tornado uma realidade constante. A situação exige um olhar atento das autoridades e da sociedade para a proteção das crianças e a prevenção de tragédias semelhantes.

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