Petróleo encerra em baixa devido a tarifas de Trump e aumento dos estoques nos EUA
Os contratos futuros de petróleo recuaram nesta quarta-feira (29), com o mercado avaliando as tarifas do presidente Donald Trump e o crescimento dos estoques nos EUA.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira (29), refletindo a preocupação do mercado com o impacto das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o crescimento econômico e a recente alta nos estoques de petróleo bruto no país.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março registrou uma queda de 1,55%, equivalente a US$ 1,15, fechando a US$ 72,62 por barril. Já o petróleo Brent, negociado na Intercontinental Exchange (ICE) para abril, teve um recuo de 1,15%, ou US$ 0,88, encerrando a US$ 75,61 por barril.
Os dados divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA mostraram que os estoques de petróleo aumentaram em 3,463 milhões de barris na semana passada, marcando o primeiro avanço em dez semanas. Esse aumento nos estoques contribuiu para a pressão sobre os preços da commodity.
Os investidores estão atentos ao possível impacto das tarifas que o governo dos EUA pretende implementar sobre as importações do Canadá e do México, com a previsão de que essas tarifas entrem em vigor no dia 1º de fevereiro.
Os analistas do Saxo Bank comentaram sobre a situação, afirmando que “os preços do petróleo continuam dançando ao ritmo da orquestra das tarifas de Donald Trump”. Essa afirmação reflete a incerteza que permeia o mercado diante das decisões políticas e econômicas do presidente.
Além disso, especialistas da ANZ Research destacam que, embora haja sinais de maior oferta de petróleo, esse fator foi contrabalançado por um clima de risco mais amplo nos mercados financeiros, que afeta a confiança dos investidores.
A atenção do mercado agora se volta para a próxima reunião da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), que está agendada para a próxima semana. O encontro deve discutir as restrições de fornecimento e as estratégias para lidar com a volatilidade do mercado.
Com o cenário atual, os investidores permanecem cautelosos, avaliando as implicações das políticas tarifárias e a dinâmica dos estoques para o futuro dos preços do petróleo.
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