Asteroide avistado pode colidir com a Terra em 2032
Um asteroide recém-descoberto tem até 1,3% de chance de impactar a Terra em 2032, levando agências espaciais a monitorá-lo de perto.
Um asteroide recentemente descoberto está gerando preocupação entre cientistas e agências espaciais ao redor do mundo, pois há uma chance de até 1,3% de que ele colida com a Terra em dezembro de 2032. A rocha espacial, que possui entre 40 e 100 metros de diâmetro, foi avistada por um telescópio automatizado no Chile no final de dezembro de 2024.
A Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA estão em alerta máximo, uma vez que essa é uma das maiores probabilidades de impacto já registradas para um asteroide de tamanho significativo. De acordo com David Rankin, do Catalina Sky Survey, “a probabilidade de impacto é uma das mais altas já observadas para um corpo celeste deste porte”.
O asteroide, que ainda não possui um nome oficial, foi classificado com um nível 3 na Escala de Risco de Impacto de Torino, o que significa que ele requer atenção de astrônomos devido à possibilidade de uma colisão em um futuro próximo. A escala vai de 0 a 10, sendo 10 uma ameaça certa de extinção planetária.
Embora a chance de impacto seja considerada pequena, especialistas afirmam que essa possibilidade não pode ser descartada. A ESA estima que, com o avanço das observações, a probabilidade de colisão pode diminuir. Historicamente, muitos asteroides que inicialmente apresentavam risco acabaram por não representar uma ameaça após mais dados serem coletados.
Se o asteroide realmente colidir com a Terra, o impacto poderia causar danos significativos, especialmente em áreas urbanas. Um evento semelhante ocorreu em 1908, quando uma explosão causada por um objeto espacial devastou uma vasta área na Sibéria, conhecida como o Evento de Tunguska.
As agências espaciais estão ativamente monitorando a trajetória do asteroide e realizando cálculos para prever seu caminho. “É crucial que continuemos a acompanhar o objeto para que possamos prever sua trajetória com maior precisão”, disse Colin Snodgrass, professor de astronomia planetária na Universidade de Edimburgo.
Além disso, um grupo consultivo foi formado para discutir possíveis ações que poderiam ser tomadas caso o risco de colisão se torne mais iminente. Entre as opções estão a criação de modelos para avaliar as consequências de um impacto e o desenvolvimento de estratégias para desviar o asteroide, caso necessário.
As próximas observações serão fundamentais para determinar se a ameaça de impacto é real. O asteroide deverá ser monitorado de perto nos próximos anos, e novas medições poderão ser feitas quando ele se aproximar da Terra novamente em 2028.
Enquanto isso, os cientistas reiteram que não há motivo para pânico, mas a situação requer vigilância contínua. A comunidade científica está empenhada em garantir que todas as precauções sejam tomadas para proteger o planeta de qualquer possível ameaça.
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