Tribunal de Justiça decide pela manutenção da prisão de agente envolvido em organização criminosa em Ubá, MG.
31 de Janeiro de 2025 às 21h39

Justiça mantém prisão de policial civil acusado de corrupção em Minas Gerais

Tribunal de Justiça decide pela manutenção da prisão de agente envolvido em organização criminosa em Ubá, MG.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva de um policial civil da Delegacia Regional de Ubá, cidade situada a aproximadamente 110 quilômetros de Juiz de Fora. O agente, que está detido desde 28 de novembro de 2024, é acusado de diversos crimes, incluindo corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e formação de milícia privada.

A decisão foi tomada durante uma sessão realizada na última quinta-feira (30). O policial foi preso durante a Operação “Segurança Máxima”, que visa investigar práticas ilícitas dentro das forças de segurança. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncias que incluem não apenas os crimes mencionados, mas também obstrução de apuração relacionada a uma organização criminosa.

O policial civil, que não teve sua identidade divulgada, também é réu em outra investigação, a Operação “Última Ratio”, que apura tentativas de interferir em investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com os promotores, o agente utilizou técnicas de inteligência policial para obstruir as investigações.

Durante as operações, as autoridades apreenderam uma quantidade significativa de bens de luxo, incluindo fuzis, veículos de marcas renomadas como Mercedes e Audi, além de um monomotor de pequeno porte. Esses itens foram considerados desproporcionais à evolução do patrimônio do policial, levantando suspeitas sobre a origem dos recursos utilizados para adquiri-los.

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As investigações revelaram que o policial e outros envolvidos teriam utilizado recursos da Polícia Civil para prestar serviços de segurança privada na região da Zona da Mata. Documentos e planilhas de pagamentos foram encontrados, indicando a participação de outros servidores no esquema de segurança privada, que operava de forma irregular.

A manutenção da prisão preventiva foi uma medida considerada necessária pelo tribunal, uma vez que a liberdade do policial poderia comprometer a continuidade das investigações. O MPMG destacou a gravidade das acusações e a necessidade de preservar a integridade do processo judicial.

O caso tem gerado grande repercussão na sociedade mineira, especialmente em Ubá, onde a confiança nas instituições de segurança pública está sendo desafiada. A população aguarda desdobramentos das investigações e a resposta do sistema judiciário diante das acusações graves que envolvem um agente da lei.

As autoridades continuam a trabalhar para esclarecer todos os aspectos do caso e garantir que a justiça seja feita, buscando responsabilizar aqueles que abusam de suas funções públicas para fins ilícitos. O MPMG segue monitorando a situação e está preparado para apresentar novas evidências que possam surgir durante o andamento das investigações.

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