Lula assina contrato de R$ 1,6 bi da Transpetro com estaleiros do Rio Grande do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira, 24, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, da cerimônia de assinatura do contrato da Transpetro com o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren. O acordo, que totaliza R$ 1,6 bilhão, prevê a aquisição de quatro navios da classe Handy, cada um avaliado em US$ 69,5 milhões, destinados ao transporte de derivados de petróleo na costa brasileira, conforme informações da Petrobras.

O evento ocorreu no Estaleiro Rio Grande e contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e do presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, além de outras autoridades.

Este contrato é o primeiro a ser assinado no âmbito do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras. Na semana anterior, a Transpetro anunciou a licitação para a aquisição de oito navios gaseiros, também parte desse programa.

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Magda Chambriard afirmou que “é fundamental ampliar a frota própria de navios e reduzir nossos custos com afretamentos, porque nossa produção e nossa capacidade de refino vão aumentar nos próximos anos. Estamos contratando 44 embarcações, que serão fundamentais para apoiar nossas operações”. Ela destacou que todas as embarcações já estão contratadas ou em processo de licitação.

Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, ressaltou que esta é apenas a primeira contratação prevista e que outras licitações para novas embarcações serão lançadas em breve. “A aquisição dos navios da classe Handy é apenas o começo da renovação e ampliação da nossa frota. Na semana passada, em Angra dos Reis, lançamos a licitação de mais oito gaseiros e pretendemos lançar futuramente licitações para contratar pelo menos mais 13 embarcações até 2026, ampliando a capacidade logística da Transpetro em até 25%”, afirmou Bacci.

Os navios da classe Handy são projetados para garantir maior eficiência energética e redução na emissão de gases de efeito estufa. Além disso, poderão ser abastecidos com bunker ou biocombustíveis, com a expectativa de reduzir em 30% as emissões em relação aos atuais navios da frota, atendendo às diretrizes da Organização Marítima Internacional (IMO). Eles serão capazes de transportar produtos claros derivados de petróleo, como Diesel Marítimo, Diesel S10, Diesel S500 e gasolina de aviação (GAV).

A licitação para os novos gaseiros, anunciada na semana passada, triplicará a capacidade da estatal para transportar Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e derivados, além de permitir o transporte de amônia. A ampliação da frota de gaseiros, que passará de seis para 14 navios, considera o aumento da produção de gás natural no Brasil e visa atender à demanda da Petrobras na costa brasileira e na navegação fluvial, como já ocorre na região Norte e na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.