NASA reduz chances de asteroide 2024 YR4 colidir com a Terra a quase zero

Nesta segunda-feira (24), a NASA divulgou uma atualização significativa sobre o asteroide 2024 YR4, que foi descoberto em 27 de dezembro de 2024. A agência espacial americana informou que a probabilidade de colisão com a Terra, prevista para 22 de dezembro de 2032, caiu drasticamente, passando de 3,1% para apenas 0,0039%, o que é considerado praticamente zero.

Com um diâmetro estimado de 55 metros, o asteroide 2024 YR4 é comparável à altura do Castelo da Cinderela, localizado no Walt Disney World, na Flórida. Caso colidisse com o planeta, o impacto poderia causar destruição em larga escala em uma grande cidade.

A redução nas chances de impacto já era esperada por especialistas. Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), afirmou: “A expectativa era que até o final de março fossem afastadas todas as chances de que esse asteroide pudesse atingir a Terra”. Essa previsão se concretizou mais rapidamente do que o esperado.

O monitoramento do asteroide 2024 YR4 se tornou mais desafiador devido ao seu brilho fraco, que está diminuindo. De acordo com o guia de observação astronômica, o objeto se encontra atualmente a cerca de 80 milhões de quilômetros de distância e viaja pelo espaço a quase 48 mil km/h. A dificuldade em rastrear o asteroide pode persistir até 2028, quando ele se tornará novamente visível.

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As análises mais recentes da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) mostraram que a possibilidade de impacto foi reduzida de 0,28% para 0,005% (1 em 20 mil). Richard Binzel, astrônomo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e inventor da escala de Turim, que avalia o risco de colisões de objetos espaciais com a Terra, comentou: “Essa é uma probabilidade zero de impacto”.

O asteroide 2024 YR4 foi classificado como nível zero na escala de Turim, o que indica “nenhum risco”. No entanto, Luca Conversi, responsável pelo centro de coordenação de objetos próximos à Terra da ESA, alertou que ainda é cedo para descartar completamente o risco. Ele destacou que a órbita do asteroide se aproximou da Lua, aumentando a possibilidade de um impacto com o satélite natural.

O potencial destrutivo do asteroide é significativo, com a NASA estimando que uma colisão liberaria cerca de 8 megatons de energia, mais de 500 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima. Embora não cause um evento global, a destruição seria catastrófica para qualquer grande cidade atingida.

A expectativa agora é que, nas próximas semanas, novas observações possam definir com mais precisão a distância em que o asteroide passará da Terra, afastando qualquer possibilidade de impacto. Zurita acredita que, a partir deste ponto, não há motivos para alarme, pois o planeta está a salvo desse perigo.