A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo o fim da invasão russa na Ucrânia, com 93 votos favoráveis e abstenções significativas.
24 de Fevereiro de 2025 às 18h42

ONU aprova resolução contra invasão russa; Brasil se abstém e EUA votam contra

A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo o fim da invasão russa na Ucrânia, com 93 votos favoráveis e abstenções significativas.

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, nesta segunda-feira, uma resolução proposta pela Ucrânia que condena a invasão russa e pede a retirada imediata das forças militares da Rússia do território ucraniano. A votação, que marca os três anos do início do conflito, contou com 93 votos a favor, 18 contra e 65 abstenções, incluindo o Brasil.

A proposta ucraniana, apoiada por todos os 27 países da União Europeia, exige a cessação imediata das hostilidades e a busca por uma solução pacífica para o conflito. A vice-chanceler da Ucrânia, Mariana Betsa, destacou a importância do momento, afirmando que “a resposta à invasão ucraniana hoje vai definir não apenas o futuro da Ucrânia, mas também da ONU e do mundo livre”.

Em resposta, o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, votou contra a resolução, alinhando-se à Rússia, Coreia do Norte e outros países aliados. Trump havia solicitado a votação de um texto alternativo que não mencionava a invasão russa, mas a proposta foi rejeitada pela maioria.

O embate diplomático entre as nações se intensificou, com a Rússia utilizando a Assembleia Geral para criticar a Ucrânia e defender sua posição. O Kremlin, em suas declarações, acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de promover a tortura e de ameaçar a segurança regional.

Enquanto isso, a China elogiou a iniciativa do Brasil em buscar um acordo de paz e destacou o aumento do apoio internacional para negociações. O governo brasileiro, por sua vez, optou pela abstenção, assim como outras nações dos BRICS, como Índia e África do Sul, o que demonstra uma postura cautelosa em relação ao conflito.

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Durante a votação, o presidente francês, Emmanuel Macron, se reuniu com Trump e reiterou sua oposição à exclusão da Ucrânia das negociações sobre seu futuro. Essa dinâmica revela a crescente tensão nas relações entre os EUA e os países europeus, que tradicionalmente têm se alinhado em questões de segurança.

O governo americano, pressionado por aliados europeus, tentou emendar sua proposta, mas acabou se abstendo após não conseguir consenso. A situação atual reflete uma nova fase nas relações internacionais, onde a aproximação entre EUA e Rússia sob a administração Trump tem gerado preocupação entre os aliados ocidentais.

O conflito na Ucrânia, que já resultou em inúmeras perdas humanas e deslocamentos, continua a ser um ponto crítico nas discussões globais. A resolução aprovada na ONU, embora simbólica, serve como um termômetro do apoio internacional à Ucrânia e da divisão entre as potências mundiais em relação ao conflito.

Enquanto as tensões aumentam, líderes internacionais, como o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, visitam a Ucrânia para demonstrar solidariedade ao governo de Zelensky, que busca apoio em meio a um cenário de isolamento crescente.

O desfecho das negociações e a resposta da comunidade internacional ao apelo da Ucrânia ainda permanecem incertos, mas a votação na ONU representa um passo significativo na busca por uma resolução pacífica para o conflito.

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