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Xi Jinping reafirma parceria "sem limites" com Putin em telefonema sobre guerra na Ucrânia
Líderes conversaram no terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, destacando a durabilidade da aliança.
O presidente da China, Xi Jinping, reafirmou sua parceria "sem limites" com o presidente russo, Vladimir Putin, durante uma ligação telefônica nesta segunda-feira (24). O contato ocorreu no dia que marca o terceiro aniversário da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, conforme reportado pela mídia estatal chinesa.
Durante a conversa, os líderes abordaram a crescente pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por um acordo rápido para pôr fim ao conflito na Ucrânia. Essa situação levanta a possibilidade de que Washington busque criar uma divisão entre Xi e Putin, concentrando-se em competir com a segunda maior economia do mundo.
A ligação pareceu ter como objetivo dissipar tais especulações. Ambos os líderes enfatizaram a durabilidade e a natureza de "longo prazo" da aliança, ressaltando que sua "dinâmica interna" não seria afetada por qualquer "terceiro".
“As relações entre a China e a Rússia têm uma forte força motriz interna e um valor estratégico único, e não visam nem são influenciadas por terceiros”, afirmou Xi, de acordo com a leitura oficial divulgada pela mídia estatal.
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O presidente chinês também declarou que “as estratégias de desenvolvimento e as políticas externas da China e da Rússia são de longo prazo”. Essa afirmação destaca a intenção de ambos os países em manter uma relação sólida e independente das pressões externas.
Trump, por sua vez, tem gerado alarme entre os aliados europeus ao deixá-los de fora das negociações com a Rússia, assim como a Ucrânia, e ao atribuir a culpa pela invasão russa de 2022 ao governo ucraniano.
Esta foi a segunda ligação entre Xi e Putin neste ano. A primeira ocorreu em janeiro, quando discutiram como fortalecer seus laços diante das novas dinâmicas políticas globais.
Vale lembrar que China e Rússia declararam uma parceria estratégica "sem limites" dias antes de Putin enviar dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022. Desde então, Xi e Putin se encontraram mais de 40 vezes na última década, consolidando uma relação que Putin descreveu como de aliança.
Pequim, por sua vez, tem se recusado a condenar Moscou por seu papel no conflito, o que tem prejudicado suas relações com a Europa e os Estados Unidos.
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