O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, minimiza a importância de Zelensky nas negociações de paz, enquanto a guerra avança.
22 de Fevereiro de 2025 às 08h40

Trump ignora a Ucrânia e critica Zelensky em meio a tensões da guerra

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, minimiza a importância de Zelensky nas negociações de paz, enquanto a guerra avança.

Nesta sexta-feira (21), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas sobre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma entrevista à Fox News Radio. Trump afirmou que não considera Zelensky “muito importante” em reuniões de paz, o que gerou reações negativas em meio ao contexto da guerra na Ucrânia.

Trump, que observou a destruição das cidades ucranianas e a perda de vidas, disse: “Eu venho assistindo esse homem por anos, vendo suas cidades sendo destruídas, seu povo sendo morto, seus soldados sendo dizimados. Ele está negociando sem cartas, sem poder, e você se cansa disso. Eu estou cansado.” Essa crítica direta ao líder ucraniano reflete um distanciamento nas relações entre os EUA e a Ucrânia, que historicamente contaram com apoio americano.

As tensões aumentaram ainda mais quando Trump revelou que as autoridades americanas se reuniram com representantes do governo russo sem a presença de delegados ucranianos. O secretário de Estado, Marco Rubio, mencionou discussões sobre a reabertura de embaixadas e possíveis benefícios econômicos para a Rússia, caso a guerra chegue ao fim.

Durante a mesma entrevista, Trump enfatizou a necessidade de negociações de paz para evitar mais mortes, afirmando: “Milhões de pessoas foram mortas, muito mais do que qualquer um entende. As pessoas precisam sentar à mesa e acabar com isso. Nunca deveria ter acontecido.” Contudo, suas declarações sobre Zelensky e a Ucrânia levantam preocupações sobre a postura dos EUA em relação ao conflito.

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Enquanto isso, Zelensky se manteve firme em sua posição durante a Conferência de Segurança de Munique, reiterando que a Ucrânia não aceitaria decisões entre os EUA e a Rússia sem sua participação. O presidente ucraniano também insinuou que Putin tem “medo” de Trump e que o ex-presidente poderia pressionar o Kremlin a iniciar negociações de paz.

A troca de acusações entre Trump e Zelensky se intensificou ao longo da semana. Trump criticou a postura de Zelensky, alegando que o presidente ucraniano “nunca deveria ter começado” a guerra, enquanto Zelensky o acusou de viver em uma “bolha de desinformação”, promovendo os interesses do Kremlin.

O impasse entre os dois líderes também gerou reações dentro do Partido Republicano. O senador John Kennedy (R-LA) discordou de Trump, afirmando que a guerra foi iniciada por Vladimir Putin, e não pela Ucrânia. O senador Thom Tillis (R-NC) reforçou essa ideia, afirmando que a responsabilidade pela invasão recai exclusivamente sobre o líder russo.

Essas declarações de Trump e a crescente polarização nas negociações internacionais refletem um cenário complexo para o futuro da Ucrânia e o papel dos Estados Unidos no conflito. A situação continua a evoluir, com a comunidade internacional observando atentamente as interações entre os líderes e as possíveis repercussões para a paz na região.

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