
Trump afirma que presença de Zelensky em negociações de paz não é 'muito importante'
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou a importância de Volodymyr Zelensky nas tratativas para o fim da guerra na Ucrânia.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (21) que não considera essencial a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nas negociações para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia. Durante uma entrevista à Fox News, Trump afirmou: “Não acho que seja muito importante que ele esteja nas reuniões”.
Trump, que já havia criticado Zelensky em outras ocasiões, acrescentou que o presidente ucraniano “está lá há três anos” e que sua presença torna “muito difícil fechar acordos”. Essa declaração ocorre em um momento de crescente tensão entre os dois líderes, especialmente após os Estados Unidos terem excluído a Ucrânia de conversas diretas com a Rússia.
O ex-presidente também se referiu a Zelensky como um “ditador” e culpou-o pela guerra, o que gerou uma resposta negativa do governo ucraniano, que intensificou suas críticas à Casa Branca por sua aproximação com o presidente russo, Vladimir Putin.
“Se Putin quisesse, ele ficaria com o país inteiro”, provocou Trump, insinuando que a Rússia não precisa de um acordo para expandir seu território. Ele fez essas declarações em meio a um ambiente de negociações complexas, onde os Estados Unidos buscam mediar um acordo de paz.


Além disso, Trump comentou sobre a visita recente do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, a Kiev, classificando-a como uma “viagem perdida”. “Francamente, eu queria que ele não fosse lá, desperdiçasse todo o seu tempo assim”, disse Trump, reforçando sua visão de que as lideranças ucranianas não têm “cartas” para jogar nas negociações.
A situação se torna ainda mais tensa com a exclusão da Ucrânia de reuniões importantes, como a que ocorreu recentemente na Arábia Saudita, onde diplomatas russos e outros líderes discutiram o cessar-fogo sem a presença de representantes ucranianos.
As declarações de Trump também geraram preocupações entre líderes europeus, que temem que sua postura possa levar a concessões excessivas à Rússia em busca de um acordo. O ex-presidente, que se prepara para uma possível candidatura em 2024, afirmou que seu único objetivo é a “paz”, prometendo encerrar o conflito que já dura mais de três anos.
Enquanto isso, a Ucrânia continua a pressionar por um papel mais ativo nas negociações, destacando a importância de sua participação nas discussões que envolvem seu futuro e a segurança da região. A Casa Branca, por sua vez, enfrenta críticas tanto de aliados quanto de adversários sobre sua estratégia em relação ao conflito.
Com a guerra na Ucrânia se aproximando de seu terceiro aniversário, a situação permanece volátil, e as declarações de Trump refletem um cenário em constante mudança nas relações internacionais e nas dinâmicas de poder na região.
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