
Guerra na Ucrânia: Jean-Noël Barrot destaca o aumento do risco de conflito na Europa
O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, alerta que a linha de frente da guerra na Ucrânia se aproxima cada vez mais da Europa.
O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, fez um alerta contundente nesta segunda-feira, 3 de março, ao afirmar que "nunca o risco de uma guerra no continente europeu foi tão elevado". A declaração ocorreu em meio ao prolongado conflito na Ucrânia, que já dura mais de três anos.
Em entrevista à rádio France Inter, Barrot enfatizou que "a linha de frente não para de se aproximar de nós", referindo-se às tensões crescentes entre a Rússia e a Ucrânia. Ele destacou que, ao longo dos últimos quinze anos, a ameaça russa tem se intensificado, colocando em risco a segurança da União Europeia.
“É por isso que a França, sob a liderança do presidente da República, tem defendido há sete anos a necessidade de reforçar nossa defesa para dissuadir essa ameaça”, afirmou Barrot. O ministro também comentou sobre a recente reunião em Londres, que contou com a presença de líderes europeus, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz.
Durante o encontro, os líderes discutiram a necessidade de uma resposta unificada à agressão russa e a importância de garantir a segurança na Europa. Barrot ressaltou que a consciência sobre a gravidade da situação está crescendo entre os europeus, que antes relutavam em reconhecer a realidade do conflito.


O ministro francês também mencionou que a proposta de uma trégua de um mês, discutida entre Paris e Londres, visa verificar a disposição da Rússia em negociar a paz. “Queremos uma paz sólida e duradoura, e isso só será possível se houver um compromisso real por parte da Rússia”, disse Barrot.
Além disso, ele comentou sobre a necessidade de os Estados Unidos exercerem pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, para que este aceite discutir um acordo de paz. “A guerra de agressão russa deve ser encerrada, e a única maneira de fazer isso é através da diplomacia”, acrescentou.
Barrot expressou sua preocupação com a recente pausa nas operações cibernéticas dos EUA contra a Rússia, ordenada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth. Ele questionou a eficácia dessa decisão, dado que os países da União Europeia continuam a ser alvos de ataques cibernéticos russos.
O debate sobre a segurança na Europa e a situação na Ucrânia deve continuar no Parlamento francês, onde os representantes discutirão as implicações do conflito e as estratégias a serem adotadas para garantir a paz no continente.
O ministro concluiu enfatizando a urgência de uma resposta europeia unificada frente à crescente ameaça russa, reiterando que a segurança da Europa depende da capacidade dos países europeus de se defenderem de forma autônoma.
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