
Trump ameaça Rússia com novas sanções e tarifas em meio ao conflito na Ucrânia
O presidente dos EUA, Donald Trump, endurece sua postura contra Moscou após ataques à Ucrânia, prometendo sanções severas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que está considerando a imposição de novas sanções e tarifas contra a Rússia, em resposta aos recentes ataques do país à Ucrânia. A declaração foi feita em sua conta na plataforma Truth Social, onde Trump destacou a gravidade da situação no campo de batalha, afirmando que a Rússia está "absolutamente 'batendo' na Ucrânia".
Trump afirmou que, até que um cessar-fogo e um acordo de paz definitivo sejam alcançados, ele está "seriamente considerando" a implementação de sanções bancárias e tarifas em larga escala sobre a Rússia. Ele exortou tanto Moscou quanto Kiev a se reunirem para negociações antes que a situação se agrave ainda mais.
A postura de Trump representa uma mudança significativa na política americana em relação ao conflito, que até então era caracterizada por uma aproximação com a Rússia, algo que gerou críticas por parte da Ucrânia e de seus aliados europeus. O presidente americano, que assumiu o cargo há pouco mais de sete semanas, já havia ameaçado outros países com tarifas em situações anteriores, utilizando essa estratégia como forma de pressão.
Na última semana, houve um episódio tenso entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, quando o americano cancelou uma reunião que visava firmar um acordo sobre acesso a recursos naturais na Ucrânia. O encontro, que deveria ser uma oportunidade para fortalecer laços, foi abruptamente encerrado, gerando preocupação entre os aliados ocidentais.


Enquanto isso, a Rússia intensificou seus ataques à Ucrânia, com bombardeios aéreos que visam principalmente a infraestrutura energética do país. De acordo com informações, mais da metade da capacidade de geração de eletricidade da Ucrânia já foi destruída ao longo do conflito, que se arrasta por mais de três anos.
Analistas apontam que, apesar das ameaças de Trump, a eficácia das novas sanções pode ser questionada, uma vez que a Rússia já enfrenta severas restrições econômicas impostas pelo Ocidente. A capacidade do país de contornar essas sanções, vendendo petróleo a preços reduzidos para países como Índia e China, tem sido uma preocupação constante para os formuladores de políticas ocidentais.
Trump, por sua vez, parece estar tentando equilibrar a pressão sobre a Rússia com a necessidade de um acordo de paz, algo que ele prometeu durante sua campanha eleitoral. Recentemente, houve relatos de que negociações entre os EUA e a Ucrânia estão programadas para ocorrer na Arábia Saudita, com a expectativa de que possam resultar em avanços significativos.
O governo russo, por sua vez, continua a afirmar que está aberto ao diálogo, mas se opõe a um cessar-fogo temporário, insistindo que qualquer solução duradoura deve abordar as causas profundas do conflito. A Rússia exige que a Ucrânia se desmilitarize e reconheça as realidades territoriais atuais, além de se comprometer a não permitir a presença da OTAN em seu território.
Com a situação se deteriorando rapidamente, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, na expectativa de que um novo diálogo possa levar a um fim pacífico para o conflito.
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