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Ladrões utilizam cartão roubado para comprar bilhete de loteria premiado na França
Jean-David E., vítima do roubo, propõe dividir prêmio de 500 mil euros com os criminosos que usaram seu cartão.
Dois ladrões na França utilizaram um cartão de crédito roubado para adquirir um bilhete de loteria premiado no valor de 500 mil euros, equivalente a aproximadamente R$ 3 milhões. A vítima do roubo, identificada como Jean-David E., está disposta a retirar a queixa policial caso os criminosos aceitem dividir o prêmio com ele.
A situação começou no início de fevereiro, quando Jean-David percebeu que sua mochila havia sido furtada de seu carro em Toulouse, no sul da França. Entre os itens que foram levados estavam documentos pessoais e cartões bancários. Após bloquear os cartões, ele descobriu que um deles havia sido utilizado para comprar o bilhete premiado em uma loja local.
Jean-David registrou uma queixa na polícia, mas sua disposição em retirar a denúncia depende da apresentação dos ladrões para um acordo. Ele argumenta que, sem a ação dos criminosos, o bilhete nunca teria sido comprado. “Sem eles, ninguém teria ganhado”, afirmou Jean-David em entrevista à emissora France-2.
O bilhete ainda não foi resgatado, e os ladrões correm o risco de serem presos se forem identificados. A vítima espera que eles apareçam antes que o prazo para reivindicação do prêmio expire.
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O advogado de Jean-David, Pierre Debuisson, fez um apelo nacional pedindo que os ladrões entrem em contato para negociar a divisão do valor. “Vocês não arriscam nada... nós compartilharemos com vocês. E vocês poderiam mudar suas vidas”, disse Debuisson, enfatizando a possibilidade de um acordo amigável.
Enquanto isso, a operadora da loteria francesa, FDJ (La Française des Jeux), confirmou que o bilhete ainda não foi apresentado para saque. Promotores podem tentar confiscar o prêmio, considerando-o um ganho obtido de forma ilegal.
A situação gerou repercussão na mídia, levantando questões sobre a ética da proposta de Jean-David e o que poderia acontecer caso os ladrões decidissem se apresentar. O caso ilustra a complexidade de situações em que crime e sorte se cruzam.
O advogado de Jean-David ressaltou que a falta de contato dos ladrões pode resultar na perda do prêmio, já que há um prazo de 30 dias para a reivindicação. A expectativa agora é se os criminosos irão aparecer para discutir a divisão do prêmio antes que seja tarde demais.
O desfecho desse inusitado episódio ainda é incerto, mas a proposta de Jean-David continua a gerar discussões sobre moralidade e justiça, refletindo a peculiaridade da situação em que um crime pode levar a um prêmio inesperado.
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