Ministro da Fazenda destaca que a escolha de ministros é prerrogativa exclusiva do presidente Lula.
25 de Fevereiro de 2025 às 14h12

Haddad afirma que nunca discutiu reforma ministerial com Lula ou sugeriu nomes

Ministro da Fazenda destaca que a escolha de ministros é prerrogativa exclusiva do presidente Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (25) que nunca teve conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível reforma ministerial. A afirmação foi feita durante um evento do BTG Pactual, realizado em São Paulo.

Em sua fala, Haddad ressaltou que os debates internos no governo são normais e que atualmente observa uma maior convergência entre os ministros da área econômica e aqueles próximos ao presidente, em comparação com o cenário de dois anos atrás. “É normal o tipo de debate que eu enfrento dentro do governo. Vai haver quem pense de um jeito ou de outro, mas eu acredito que, se nós compararmos com dois anos atrás, vejo muito mais convergência hoje do que divergência em relação a quem está sentado na mesa junto ao presidente”, afirmou.

Apesar das especulações sobre uma reforma ministerial iminente, Lula tem evitado confirmar qualquer mudança em sua equipe. No último dia 19, o presidente enfatizou que a decisão sobre uma possível reforma é uma prerrogativa pessoal. “Eu mudo quando eu quiser. Da mesma forma que eu convidei quem eu queria, eu tiro quem eu quiser, na hora que eu quiser. É simples assim, sem nenhum problema”, declarou.

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Nos bastidores, a saída da ministra da Saúde, Nísia Trindade, é considerada quase certa por membros do Partido dos Trabalhadores (PT). O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é um dos nomes cotados para assumir a pasta da Saúde. Essa mudança atenderia a uma demanda do Centrão, que busca maior espaço no governo e deseja indicar um nome para a articulação política.

Outra alteração que pode ocorrer é a entrada da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na Secretaria-Geral da Presidência, substituindo Márcio Macedo. Essa movimentação poderia fortalecer a presença do partido na Esplanada dos Ministérios e abrir caminho para a sucessão interna do PT, uma vez que Gleisi deve deixar a presidência da sigla.

Ainda não há uma data definida para o anúncio da reforma ministerial, mas assessores do presidente acreditam que as mudanças poderão ser confirmadas nas próximas semanas.

Haddad também reiterou que não será candidato nas próximas eleições e expressou confiança de que o calendário eleitoral de 2026 não afetará a agenda do governo neste ano. “Não há partido que peça, em uma reforma, a cadeira do Ministério da Fazenda, em função do tipo de trabalho realizado na pasta”, concluiu.

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