Durante cerimônia em Itaguaí, presidente elogia Silvio Costa Filho e comenta sobre a reforma ministerial.
21 de Fevereiro de 2025 às 16h51

Lula admite erros na escolha de ministros em meio a especulações sobre mudanças

Durante cerimônia em Itaguaí, presidente elogia Silvio Costa Filho e comenta sobre a reforma ministerial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante uma cerimônia em Itaguaí, no Rio de Janeiro, que "de vez em quando a gente erra" na escolha de ministros, mas que, na maioria das vezes, acerta ao selecionar nomes de qualidade. A declaração foi feita nesta sexta-feira, 21, em um momento de expectativa em relação à reforma ministerial que deve ser anunciada nas próximas semanas.

Lula se referiu especificamente ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, elogiando seu desempenho à frente da pasta. "Ele tem, sinceramente, dado um show no trabalho dele. É um menino pernambucano que não tem preconceito e não persegue absolutamente ninguém", destacou o presidente, reafirmando a confiança no trabalho de Costa Filho.

A expectativa em torno da reforma ministerial cresce, especialmente com rumores sobre a saída da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Fontes próximas ao governo indicam que sua demissão é considerada certa, com a possibilidade de substituição por Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde durante o governo Dilma Rousseff.

Nísia Trindade, que tem enfrentado críticas e pressão política, declarou anteriormente que se sente segura em seu cargo e não recebeu sinais de que seria demitida. "Não fico acuada com especulações", afirmou a ministra, que sempre foi considerada uma escolha pessoal de Lula.

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O presidente, que participou da assinatura de um contrato de concessão de um terminal portuário de minério de ferro, também mencionou que a reforma ministerial pode ser anunciada em breve, possivelmente durante as comemorações do aniversário do Partido dos Trabalhadores (PT), que ocorrerão entre sexta e sábado.

Além de Nísia, o cargo da Saúde é alvo de interesse de diversos grupos políticos, especialmente do Centrão, que busca influência em uma das pastas com maior orçamento da União. Apesar das pressões, Lula tem demonstrado resistência em realizar mudanças drásticas em sua equipe, especialmente em relação a ministros que considera essenciais.

O presidente ainda enfatizou a importância de ter ministros que trabalham de forma colaborativa e sem conflitos, destacando que "tem ministros que não são trocáveis" e que a escolha de Nísia foi uma decisão pessoal e estratégica.

Com o cenário político em constante mudança e a pressão por uma reforma ministerial, a próxima semana promete ser decisiva para o governo Lula, que busca consolidar sua base e enfrentar os desafios impostos pela oposição e pelas demandas internas do partido.

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