Apagão atinge 19 milhões de pessoas e provoca caos em diversas regiões do país.
26 de Fevereiro de 2025 às 05h58

Chile decreta estado de emergência e toque de recolher após apagão generalizado

Apagão atinge 19 milhões de pessoas e provoca caos em diversas regiões do país.

O governo chileno, sob a liderança do presidente Gabriel Boric, declarou estado de emergência e impôs um toque de recolher em resposta a um apagão generalizado que afetou cerca de 19 milhões de pessoas nesta terça-feira, 25 de fevereiro. A interrupção do fornecimento de energia ocorreu devido a uma falha no sistema elétrico, que deixou as principais áreas urbanas do país sem luz desde as 15h16min.

A ministra do Interior, Carolina Tohá, anunciou que o toque de recolher será das 22h às 6h, como parte das medidas para garantir a segurança da população. O estado de emergência abrange regiões do norte ao sul do Chile, incluindo Arica e Los Lagos, onde reside a maior parte da população chilena.

As autoridades, por meio da Coordenação Nacional de Eletricidade do Chile (CEN), informaram que a interrupção atingiu não apenas o Chile, mas também duas províncias argentinas, em meio a uma intensa onda de calor que afeta a região. O governo mobilizou usinas hidrelétricas para restaurar o fornecimento de energia o mais rápido possível, mas ainda não há previsão para a normalização total do serviço.

O presidente Boric está monitorando a situação a partir do Centro de Gestão Operacional da Carabineros de Chile, e a maioria dos ministros, incluindo os das pastas de Interior, Energia e Saúde, foram convocados para lidar com a emergência. O governo também está investigando as causas do apagão, que podem incluir desde falhas técnicas até possíveis atos de sabotagem.

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Os efeitos do apagão foram sentidos em diversas áreas, com o transporte público, incluindo o metrô de Santiago, paralisado. A falta de energia causou caos no trânsito, e estabelecimentos comerciais, como bancos e shopping centers, fecharam as portas. Além disso, escolas suspenderam aulas, afetando cerca de 130 mil estudantes nas regiões mais impactadas.

Os hospitais enfrentaram dificuldades, tendo que transferir pacientes devido à falta de energia e à interrupção de serviços essenciais. A instabilidade no serviço de telefonia móvel também foi relatada em várias regiões, complicando ainda mais a comunicação entre as autoridades e a população.

O governo chileno, por meio do Ministério da Educação, anunciou a suspensão das aulas nas 347 instituições de ensino que ainda estavam em funcionamento, visando a segurança dos alunos e da comunidade escolar. A situação continua a ser monitorada, e as autoridades estão empenhadas em restaurar a normalidade o mais rápido possível.

As causas do apagão ainda estão sendo investigadas, e as autoridades se comprometem a seguir todos os protocolos necessários para entender o que levou a essa falha massiva no sistema elétrico. O governo chileno reafirma seu compromisso em garantir a segurança e o bem-estar da população durante este período crítico.

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