Após selecionar 50 projetos, BC destaca desafios tecnológicos na implementação do Drex e a necessidade de acompanhamento intensivo.
26 de Fevereiro de 2025 às 11h48

Banco Central inicia 2ª fase de testes do Drex, a moeda digital brasileira

Após selecionar 50 projetos, BC destaca desafios tecnológicos na implementação do Drex e a necessidade de acompanhamento intensivo.

O Banco Central (BC) anunciou o início da segunda fase do projeto piloto do Drex, a moeda digital que está sendo desenvolvida no Brasil. A autoridade monetária selecionou 50 propostas dentre as 101 recebidas, que participarão desta nova etapa de testes. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025.

A fase atual do piloto visa avaliar o potencial da plataforma para diferentes aplicações de negócios, com o BC enfatizando que a tecnologia utilizada apresenta desafios significativos. A autarquia afirmou que o acompanhamento desta fase será mais intensivo do que o inicialmente previsto, devido à complexidade dos testes.

O BC informou que, embora tenha recebido uma variedade de propostas, decidiu não incluir novos casos de negócios nesta fase, preferindo focar nas soluções que já estão em andamento. Segundo a nota oficial, “o piloto se mostrou desafiante do ponto de vista tecnológico, e vem demandando um acompanhamento mais intensivo do que o antecipado”.

Durante a primeira fase do projeto, que foi concluída recentemente, o BC publicou um relatório técnico que destacou a necessidade de um “grande esforço de adaptação” para que a plataforma Drex possa atender às demandas do mercado e da sociedade. O documento revelou que, apesar de alguns avanços, as soluções testadas ainda apresentam limitações que comprometem sua adoção.

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O relatório também apontou que as soluções tecnológicas de privacidade testadas até o momento não possuem a maturidade necessária para garantir a proteção dos dados dos cidadãos. O Banco Central espera que, com o desenvolvimento contínuo e a colaboração entre reguladores, desenvolvedores e participantes do mercado, seja possível superar essas barreiras.

Além disso, o BC destacou que a plataforma Drex deve ser capaz de aumentar a segurança e a eficiência do Sistema Financeiro Nacional. A autarquia ressaltou que os próximos passos do projeto dependerão dos resultados obtidos nesta nova fase de testes.

Os interessados em acompanhar o progresso do Drex poderão acessar os relatórios e atualizações que serão disponibilizados pelo Banco Central ao longo do processo. A expectativa é que a moeda digital traga inovações significativas para o sistema financeiro brasileiro, alinhando-se às tendências globais de digitalização.

O BC também afirmou que continuará a trabalhar em questões de privacidade e proteção de dados, buscando identificar necessidades específicas e oportunidades de inovação que possam orientar o desenvolvimento da plataforma, tornando-a mais alinhada com as demandas do mercado.

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