A chegada do porta-aviões americano reforça a aliança militar com a Coreia do Sul diante das ameaças de Pyongyang.
02 de Março de 2025 às 21h30

USS Carl Vinson chega à Coreia do Sul após testes de mísseis da Coreia do Norte

A chegada do porta-aviões americano reforça a aliança militar com a Coreia do Sul diante das ameaças de Pyongyang.

O porta-aviões USS Carl Vinson, da Marinha dos Estados Unidos, chegou ao porto de Busan, na Coreia do Sul, neste domingo, 2, como parte de uma estratégia para demonstrar a força militar americana na região. A manobra ocorre poucos dias após a Coreia do Norte realizar testes de mísseis de cruzeiro, que foram interpretados como uma demonstração de suas capacidades de contra-ataque.

A presença do USS Carl Vinson, que possui mais de 300 metros de comprimento e é propulsado por energia nuclear, visa solidificar a aliança militar entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, conforme declarado pela Marinha sul-coreana. Este é o primeiro porta-aviões americano a visitar a Coreia do Sul desde junho, destacando a importância da cooperação militar entre os aliados em face das contínuas ameaças de Pyongyang.

Analistas acreditam que a chegada do porta-aviões poderá provocar uma reação negativa da Coreia do Norte, que considera a presença de ativos militares americanos como uma ameaça à sua segurança. Historicamente, o regime norte-coreano respondeu a tais movimentações com testes de mísseis, aumentando a tensão na península coreana.

Desde sua posse em 20 de janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, expressou a intenção de restabelecer o diálogo com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un. Embora a Coreia do Norte não tenha respondido diretamente a essas iniciativas, o governo de Pyongyang alegou que as hostilidades lideradas pelos EUA aumentaram desde a nova administração americana.

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Na sexta-feira, 28, a Coreia do Norte anunciou que havia testado mísseis de cruzeiro estratégicos, com o objetivo de demonstrar sua capacidade de contra-ataque e a prontidão de suas operações nucleares. Kim Jong-Un, após observar os lançamentos, enfatizou a necessidade de que suas forças armadas estejam totalmente preparadas para utilizar armas nucleares, caso necessário.

Especialistas em segurança afirmam que Kim Jong-Un pode não aceitar as propostas de diálogo de Trump tão cedo, uma vez que ele está focado em fortalecer laços com a Rússia, especialmente em meio ao conflito na Ucrânia. A cooperação militar entre a Coreia do Norte e a Rússia tem se intensificado, com Pyongyang oferecendo apoio em termos de armamentos e tropas.

As interações entre Kim e Trump não são novas; os líderes se encontraram três vezes entre 2018 e 2019 para discutir o futuro do programa nuclear da Coreia do Norte. No entanto, essas tentativas de diplomacia acabaram se deteriorando devido a desentendimentos em relação às sanções econômicas impostas pelos EUA.

O USS Carl Vinson, ao chegar a Busan, não apenas simboliza a força militar dos Estados Unidos, mas também ressalta a complexidade das relações na região, onde a segurança e a diplomacia continuam a ser desafiadas por ações provocativas de ambos os lados.

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