
Renda média do brasileiro atinge R$ 2.069 em 2024, aponta IBGE
O rendimento domiciliar médio por pessoa no Brasil cresceu 9,3%, com o DF liderando e o Maranhão com a menor média.
O rendimento domiciliar médio por pessoa no Brasil alcançou R$ 2.069 em 2024, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28). Este valor representa um crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior, quando a média era de R$ 1.893.
O Distrito Federal se destaca como a região com a maior renda per capita, atingindo R$ 3.444 mensais. Em contrapartida, o Maranhão apresenta o pior desempenho, com apenas R$ 1.077 por morador, um valor que corresponde a pouco mais da metade da média nacional.
A renda domiciliar per capita é calculada pela soma de todos os rendimentos, incluindo salários e outras fontes de renda, dividida pelo total de moradores em cada unidade da Federação. Essa metodologia considera todos os habitantes, como pensionistas e empregados domésticos, proporcionando uma visão abrangente da distribuição de renda no país.
Os dados revelam que, embora a média nacional tenha crescido, as disparidades regionais permanecem acentuadas. O Maranhão, com seus R$ 1.077, ilustra as desigualdades econômicas que persistem entre as diferentes regiões do Brasil.


Os rendimentos mensais por pessoa variam significativamente entre os estados. Além do Distrito Federal, outros estados com rendimentos elevados incluem São Paulo, com R$ 2.662, e Rio Grande do Sul, que atinge R$ 2.608. Por outro lado, estados como Alagoas (R$ 1.331) e Acre (R$ 1.271) também apresentam valores abaixo da média nacional.
A pesquisa do IBGE, realizada desde janeiro de 2012, acompanha as flutuações trimestrais da força de trabalho e outras informações relevantes para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do Brasil. A coleta de dados passou por desafios significativos durante a pandemia de Covid-19, mas a partir de 2022, o IBGE iniciou um processo de recuperação na taxa de aproveitamento das entrevistas, que se consolidou em 2023.
Para o cálculo do rendimento domiciliar per capita nos anos de 2020, 2021 e 2022, o IBGE adotou a quinta visita ao domicílio, em vez da primeira, devido às dificuldades impostas pela pandemia. Com a normalização da coleta de dados, a partir de 2023, o método padrão foi restabelecido.
Os dados detalhados por estado revelam a seguinte distribuição de renda:
- Distrito Federal: R$ 3.444
- São Paulo: R$ 2.662
- Rio Grande do Sul: R$ 2.608
- Santa Catarina: R$ 2.601
- Rio de Janeiro: R$ 2.490
- Paraná: R$ 2.482
- Mato Grosso: R$ 2.276
- Mato Grosso do Sul: R$ 2.169
- Espírito Santo: R$ 2.111
- Goiás: R$ 2.098
- Minas Gerais: R$ 2.001
- Tocantins: R$ 1.737
- Rondônia: R$ 1.717
- Rio Grande do Norte: R$ 1.616
- Roraima: R$ 1.538
- Amapá: R$ 1.514
- Sergipe: R$ 1.473
- Pernambuco: R$ 1.453
- Paraíba: R$ 1.401
- Bahia: R$ 1.366
- Piauí: R$ 1.350
- Pará: R$ 1.344
- Alagoas: R$ 1.331
- Acre: R$ 1.271
- Ceará: R$ 1.225
- Amazonas: R$ 1.238
- Maranhão: R$ 1.077
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