Após troca de farpas entre Zelensky e Trump, líderes da Europa reafirmam compromisso com a Ucrânia
01 de Março de 2025 às 10h53

Líderes europeus apoiam Zelensky após discussão com Trump na Casa Branca

Após troca de farpas entre Zelensky e Trump, líderes da Europa reafirmam compromisso com a Ucrânia

Líderes de diversos países europeus manifestaram apoio ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, após uma acalorada discussão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. O encontro, que ocorreu na última sexta-feira (28), foi marcado por trocas de acusações e gerou repercussões significativas no cenário internacional.

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a se pronunciar, destacando a importância de respeitar aqueles que estão na luta desde o início do conflito. Sua declaração foi interpretada como uma crítica ao fato de Trump ter se envolvido nas negociações de paz apenas recentemente, após retornar ao cargo.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também reiterou o apoio incondicional de seu país à Ucrânia, enfatizando a necessidade de solidariedade entre as nações europeias. A discussão na Casa Branca, que não resultou em um acordo sobre a exploração de recursos minerais da Ucrânia, deixou muitos líderes preocupados com o futuro do apoio americano ao país invadido pela Rússia.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, expressou seu apoio a Zelensky, afirmando em uma rede social que “paz sem garantias não é possível”. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, reagiu às declarações de Zelensky, chamando-o de “grande mentiroso” e afirmando que a Ucrânia está sozinha em sua luta.

Zakharova ainda comentou que foi um “milagre” que Trump e o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, não tenham agredido o líder ucraniano durante a discussão. Dmitri Medvedev, ex-presidente da Rússia, também se manifestou, afirmando que Zelensky levou um “tapa na cara” durante o encontro.

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Além de Macron, outros líderes europeus também se manifestaram em apoio a Zelensky. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a dignidade do povo ucraniano e reafirmou que eles nunca estarão sozinhos na luta por sua liberdade e segurança.

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, também expressaram solidariedade, ressaltando que a Ucrânia está lutando não apenas por sua liberdade, mas pela segurança de toda a Europa. O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, afirmou que a Ucrânia pode sempre contar com o apoio de seu governo.

A discussão na Casa Branca, que foi amplamente coberta pela mídia, levantou preocupações sobre o comprometimento dos Estados Unidos com a segurança europeia. Trump, em suas declarações, insinuou que Zelensky não estava pronto para a paz, afirmando que a participação dos EUA nas negociações lhe conferia uma vantagem.

Com a crescente tensão entre a Rússia e a Ucrânia, a posição dos líderes europeus se torna ainda mais crucial. O apoio contínuo à Ucrânia é visto como essencial para garantir a estabilidade na região e a segurança do continente europeu.

O desfecho da reunião entre Zelensky e Trump, sem um acordo formal, acendeu um alerta entre os líderes europeus, que temem que a mudança na postura americana possa impactar negativamente o apoio à Ucrânia em sua luta contra a agressão russa.

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