
Rússia considera visita de Zelensky a Washington um 'fracasso completo'
Após discussão acalorada com Donald Trump, Moscou critica postura do presidente ucraniano.
A Rússia classificou a recente visita do presidente ucraniano Volodimir Zelensky a Washington como um "completo fracasso político e diplomático". A declaração foi feita pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, após um tenso bate-boca entre Zelensky e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Salão Oval.
Maria Zakharova afirmou que a interação entre os dois líderes foi "sem precedentes na história da política e diplomacia internacionais". Segundo a porta-voz, a discussão expôs a "fraqueza política e a degradação moral dos líderes europeus" que continuam a apoiar Zelensky, que, segundo ela, "perdeu o contato com a realidade".
Durante a visita, Zelensky foi acusado de ser "incapaz de demonstrar senso de responsabilidade" e de utilizar "mentiras e manipulações" para justificar a continuidade do conflito com a Rússia e a busca por apoio militar e financeiro do Ocidente.
A troca de palavras entre Zelensky e Trump, que também contou com a participação do senador J.D. Vance, ocorreu diante de câmeras, gerando repercussão mundial. Os líderes americanos criticaram Zelensky por não agradecer adequadamente a ajuda dos Estados Unidos e por rejeitar propostas de paz.


Após a altercação, Zelensky deixou a Casa Branca antes do previsto, sem conseguir firmar um acordo que visava a exploração de recursos minerais da Ucrânia em troca de garantias de segurança.
Zakharova enfatizou que o comportamento de Zelensky durante a visita evidenciou que ele é uma "ameaça perigosa para a comunidade internacional", descrevendo-o como um "belicista irresponsável". Além disso, a porta-voz criticou os líderes europeus por sua "debilidade política" ao apoiarem o presidente ucraniano.
Os objetivos da Rússia na Ucrânia, que incluem a "desmilitarização" e a "desnazificação" do país, permanecem inalterados, conforme reiterado por Zakharova. A Rússia, que iniciou sua operação militar contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, exige que a Ucrânia ceda quatro províncias do leste e do sul, além da península da Crimeia, anexada em 2014, e que renuncie a qualquer intenção de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
As tensões entre Rússia e Ucrânia seguem elevadas, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos e as repercussões das declarações feitas por ambos os lados durante a visita de Zelensky a Washington.
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