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Delegado João Batista Palma Beolchi assume corregedoria da Polícia Civil de SP
A nova nomeação ocorre após o afastamento de Rosemeire Monteiro, investigada por laços com o PCC.
O delegado de classe especial João Batista Palma Beolchi foi oficialmente nomeado como o novo corregedor-geral da Polícia Civil de São Paulo, conforme anunciado em decreto publicado na quinta-feira (30) pelo vice-governador Felício Ramuth (PSD). Beolchi assume o cargo em substituição a Rosemeire Monteiro de Francisco Ibañez, que pediu afastamento após a prisão de seu sobrinho, Eduardo Monteiro, investigado por suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Corregedoria da Polícia Civil desempenha um papel crucial na apuração de faltas funcionais e crimes cometidos por policiais civis. A nomeação de Beolchi ocorre em um momento delicado para a instituição, que enfrenta desafios relacionados a casos de corrupção interna, especialmente após a prisão de agentes suspeitos de extorquir dinheiro de delatores do PCC.
João Batista Palma Beolchi, que anteriormente ocupava a diretoria de informações estratégicas na Controladoria Geral do Estado de São Paulo, traz uma vasta experiência de 27 anos na carreira policial. Ele atuou por 17 anos na Controladoria, onde foi corregedor e coordenador do setor de inteligência e combate à corrupção.
O novo corregedor destacou sua intenção de implementar tecnologias que possam monitorar evoluções patrimoniais suspeitas entre os policiais. Essa medida visa aumentar a transparência e a integridade dentro da corporação.
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Beolchi possui um currículo robusto, com especializações em tutela penal e cível pela Fundação Getúlio Vargas, gestão de segurança corporativa pela Universidade Anhembi Morumbi, e polícia judiciária pela Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra”. Além disso, ele é professor universitário e autor de diversos livros na área de segurança.
A antiga corregedora, Rosemeire Monteiro, pediu afastamento em dezembro do ano passado, logo após a prisão de seu sobrinho, Eduardo Monteiro, que é acusado de envolvimento com o PCC. Fontes indicam que ela se sentia desgastada pelo parentesco e pela repercussão negativa do caso.
Eduardo Monteiro, um dos alvos de investigação, teria supostamente negociado propinas com membros do PCC, o que gerou uma onda de prisões entre policiais civis. A situação levantou preocupações sobre a integridade da corporação e a necessidade de uma supervisão mais rigorosa.
Com a nova nomeação, a expectativa é que Beolchi traga uma nova abordagem para a corregedoria, focando na transparência e na responsabilização dos policiais, especialmente em um momento em que a confiança da população na Polícia Civil está em jogo.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou a nomeação de Beolchi e expressou apoio à sua gestão, enfatizando a importância de restaurar a credibilidade da instituição.
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