O presidente Donald Trump declarou que Elon Musk, seu assessor polêmico, não pode tomar decisões sem a autorização do governo.
03 de Fevereiro de 2025 às 21h17

Trump afirma que Musk não pode agir sem aprovação do governo dos EUA

O presidente Donald Trump declarou que Elon Musk, seu assessor polêmico, não pode tomar decisões sem a autorização do governo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração contundente sobre o papel de Elon Musk, o homem mais rico do mundo e seu conselheiro controverso. Trump afirmou que Musk não pode tomar decisões por conta própria e que todas as ações do empresário devem ser aprovadas pelo governo.

Durante uma coletiva de imprensa, Trump disse: “Musk não pode e não fará nada sem a nossa aprovação”. Essa afirmação surge em meio a uma série de decisões polêmicas que Musk tem tomado, incluindo a proposta de fechamento da USAID, a agência responsável por ações assistenciais dos EUA no exterior.

A USAID, que opera em cerca de 120 países, foi alvo de críticas por Musk, que a qualificou como uma “organização criminosa”. Ele declarou que a agência deve ser completamente desmantelada, argumentando que ela representa um desperdício de recursos e que sua atuação é prejudicial.

Trump, que tem se mostrado favorável à redução do tamanho do governo, reforçou que, embora Musk possa identificar problemas em gastos, ele não tem a autoridade para congelar pagamentos ou tomar decisões unilaterais. “Ele só pode demitir pessoas que consideramos inadequadas, se concordarmos com ele”, explicou o presidente.

A criação do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), sob a liderança de Musk, foi justificada por Trump como uma maneira de “desmantelar a burocracia governamental e cortar gastos desnecessários”. Apesar do nome, o DOGE não é uma agência formal, mas sim uma comissão externa que Musk utiliza para implementar suas ideias.

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Recentemente, Musk afirmou que discutiu a questão do fechamento da USAID diretamente com Trump, que teria concordado com a medida. “Revisamos tudo em detalhes e ele concordou que deveríamos encerrá-la”, disse Musk em uma conversa em sua plataforma X.

A decisão de encerrar a USAID gerou preocupações entre críticos, que alegam que isso pode resultar em um colapso abrupto de assistência humanitária, colocando em risco os direitos de milhões de pessoas ao redor do mundo. Paul O'Brien, diretor executivo da Anistia Internacional, expressou sua preocupação, afirmando que a desativação da agência não trará segurança ou prosperidade.

O impacto da decisão de Musk e Trump sobre a USAID é amplamente debatido, especialmente considerando que a agência desempenha um papel crucial na política externa dos EUA, financiando programas de saúde e emergência nas regiões mais pobres do mundo. O orçamento da USAID, que ultrapassa os 40 bilhões de dólares, é uma fração do gasto anual do governo dos EUA, que se aproxima de 7 trilhões de dólares.

Além disso, a retórica de Musk e Trump em relação à USAID reflete uma narrativa mais ampla dentro do Partido Republicano, que critica o uso de recursos em ajuda externa enquanto muitos americanos enfrentam dificuldades. Essa abordagem tem gerado divisões entre os legisladores, com os democratas alertando para uma possível usurpação de poder por parte de Trump e Musk.

O futuro da USAID e a implementação das políticas de Musk ainda estão em discussão, mas a decisão de fechar a agência pode ter consequências significativas para a assistência internacional e a imagem dos Estados Unidos no cenário global.

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