O comandante do Exército conferiu a saúde do general da reserva, que está detido há mais de 50 dias na Vila Militar.
08 de Fevereiro de 2025 às 10h02

General Tomás Paiva visita Braga Netto em cela no Rio de Janeiro

O comandante do Exército conferiu a saúde do general da reserva, que está detido há mais de 50 dias na Vila Militar.

Na última sexta-feira (7), o comandante do Exército, general Tomás Paiva, realizou uma visita ao general da reserva Walter Braga Netto, que se encontra detido na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro. A visita, que durou cerca de 15 minutos, teve como objetivo verificar a saúde do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e assegurar que sua família esteja recebendo o suporte necessário.

A prática de visitar militares presos é uma rotina adotada por Tomás Paiva desde que assumiu o comando da Força em 2023. Braga Netto é o único militar atualmente detido na Vila Militar, e segundo informações, não apresentou queixas durante o encontro.

Braga Netto, que está preso desde 14 de dezembro, foi alvo de uma prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi baseada em indícios de que o general teria tentado obstruir investigações relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022.

O ex-ministro, que possui a mais alta patente militar, a de general de quatro estrelas, tem demonstrado tranquilidade diante da situação, mesmo discordando da prisão. Durante sua carreira, Braga Netto acumulou experiências em momentos de tensão, o que pode ter contribuído para sua resiliência.

A investigação que culminou na sua detenção revelou que Braga Netto estaria incitando a divulgação de mensagens críticas a militares que se posicionaram de forma legalista, como o próprio Tomás Paiva. Este episódio gerou um clima de mal-estar entre os militares, dividindo opiniões sobre a prisão do ex-ministro.

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Atualmente, existem 15 oficiais e 82 praças em situação de detenção em todo o país, seja cumprindo pena ou aguardando julgamento. A expectativa é que Tomás Paiva continue a realizar visitas a outros militares que se encontram presos, reforçando a importância do apoio institucional mesmo em situações adversas.

O local onde Braga Netto está detido foi adaptado para funcionar como cela, contando com comodidades como ar-condicionado e banheiro privativo. No entanto, as visitas são restritas a familiares e advogados, em dias específicos da semana.

A prisão do general deve ser reavaliada após 90 dias, conforme prevê o Código de Processo Penal. O inquérito relacionado ao caso deve ser concluído em até dez dias após a prisão, e o Ministério Público tem um prazo de 15 dias para apresentar a denúncia.

Além das investigações que envolvem Braga Netto, a Polícia Federal também apura seu suposto envolvimento em ataques virtuais a outros generais e na organização de um plano para assassinar figuras políticas, incluindo o presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin.

As investigações seguem sob sigilo, e os desdobramentos do caso devem ser acompanhados de perto pela opinião pública e pela mídia, dada a gravidade das acusações e a relevância dos envolvidos.

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