Governador de Minas Gerais responde à fala do presidente sobre controle de preços com ironia e metáforas.
08 de Fevereiro de 2025 às 19h22

Zema critica Lula por sugestão de evitar alimentos caros em meio à inflação

Governador de Minas Gerais responde à fala do presidente sobre controle de preços com ironia e metáforas.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do partido Novo, não poupou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, após o petista sugerir que a população evitasse a compra de alimentos caros para ajudar a controlar a inflação. A declaração de Lula, feita na última quinta-feira (6 de fevereiro), gerou reações imediatas de opositores, incluindo Zema, que utilizou suas redes sociais para expressar seu descontentamento.

Em sua postagem, Zema afirmou que a população “está careca de saber que o preço dos alimentos está lá em cima” e que é difícil optar por alternativas quando tudo é caro. O governador não se conteve e classificou a sugestão do presidente como uma “lorota econômica”, alfinetando a proposta de Lula como irrealista e desconectada da realidade vivida pelos brasileiros.

Além das críticas diretas, Zema fez uma metáfora peculiar ao comparar a situação econômica do país ao reaproveitamento de café já coado. “Estou fazendo aqui uma experiência na minha casa. Peguei o pó de café que já havia utilizado e estou deixando secar ao sol. Dizem que fica uma porcaria, mas vamos testar”, disse, insinuando que o Brasil estaria “repetindo os mesmos erros” do passado na esperança de que o resultado seja diferente.

Na mesma linha, o governador enfatizou que a proposta de Lula não traz soluções práticas para a crise que afeta a população. “Parece que estamos acostumados a repetir os mesmos erros na expectativa de que o resultado seja diferente. Vou tentar de novo, vamos ver o resultado”, completou, reforçando a ideia de que a sugestão do presidente é mais uma tentativa falha de lidar com a inflação.

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A fala de Lula, que sugeriu que os brasileiros deixassem de consumir produtos caros como forma de controlar a inflação, foi considerada por muitos como uma falta de sensibilidade diante da realidade econômica do país. O presidente argumentou que, se a população não comprasse itens considerados caros, os vendedores seriam obrigados a baixar os preços. “Se você vai a um supermercado e desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver essa consciência, quem está vendendo vai ter que baixar o preço, senão vai estragar”, afirmou Lula em entrevista.

Essa não é a primeira vez que Lula e Zema trocam farpas publicamente. Em janeiro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também enfrentou críticas após sugerir que a população trocasse a laranja por outra fruta devido ao aumento dos preços. A declaração de Costa, assim como a de Lula, foi vista como uma tentativa de minimizar os problemas enfrentados pelos brasileiros em relação à inflação e à alta dos alimentos.

O governador de Minas Gerais, em sua crítica, ainda lembrou que a inflação é um problema complexo, que não pode ser resolvido apenas com sugestões simplistas. A alta dos preços é resultado de uma série de fatores, incluindo questões internacionais e problemas na produção agrícola.

As provocações entre Zema e Lula refletem um clima tenso entre o governo federal e os estados, especialmente em tempos de crise econômica. As divergências sobre como lidar com a inflação e os preços dos alimentos têm sido um ponto de discórdia constante, com cada lado buscando responsabilizar o outro pela situação atual.

Enquanto isso, a população continua a sofrer com os efeitos da inflação, que impacta diretamente o poder de compra e a qualidade de vida dos brasileiros. A falta de soluções efetivas e a troca de acusações entre os líderes políticos só aumentam a frustração entre os cidadãos, que buscam respostas e ações concretas para enfrentar a crise.

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