Papa Francisco delega leitura de discurso a assessor devido a bronquite
Pontífice de 88 anos enfrenta dificuldades respiratórias e pede ajuda durante missa especial no Vaticano.
No último domingo (9), o Papa Francisco, de 88 anos, enfrentou dificuldades respiratórias em decorrência de uma bronquite e precisou delegar a leitura de um discurso a um assessor durante a Santa Missa do Jubileu das Forças Armadas, polícia e agentes de segurança, realizada na Praça São Pedro, no Vaticano.
Durante a cerimônia, o pontífice, que tem enfrentado problemas de saúde recorrentes nos últimos anos, pediu desculpas e solicitou que um auxiliar continuasse a leitura do discurso. “Agora peço desculpas e peço ao mestre para continuar a leitura, porque estou com dificuldades para respirar”, declarou Francisco, enquanto se sentava em uma plataforma elevada.
Após passar o discurso ao assessor, o Papa retomou a leitura da oração do Angelus, onde rezou pela paz em várias regiões de conflito ao redor do mundo. “Rezemos pela paz (...) Que as armas se calem em todos os lugares e que os gritos dos povos que pedem paz sejam ouvidos”, acrescentou o pontífice.
O Vaticano havia anunciado anteriormente que o Papa realizaria suas audiências em sua residência, a Casa Santa Marta, devido ao quadro de bronquite. Na semana anterior, Francisco já havia solicitado a um assessor que lesse sua mensagem durante uma audiência semanal, devido a um “forte resfriado” que dificultava sua fala.
O Papa Francisco, que assumiu o cargo em 2013, tem enfrentado uma série de problemas de saúde nos últimos anos, incluindo dores no joelho e no quadril, que o levaram a adiar compromissos e a descansar por alguns dias. Em 2023, ele foi hospitalizado por três noites devido à bronquite e se recuperou com o uso de antibióticos.
Além disso, o pontífice já passou por duas quedas em sua residência no Vaticano, resultando em lesões no queixo e no antebraço. Francisco também teve parte de um pulmão removido quando era jovem, o que complica ainda mais sua condição de saúde atual.
Durante a missa, o arcebispo Diego Ravelli foi o responsável por dar continuidade à leitura da homilia, que abordou temas de segurança e defesa. O evento, que contou com a presença de cerca de 30 mil militares, é parte do Jubileu, uma celebração católica que ocorre a cada 25 anos e é vista como um período de perdão e renovação espiritual.
O Papa Francisco, que tem se mostrado preocupado com os conflitos ao redor do mundo, enfatizou durante sua fala a importância de que as forças armadas atuem apenas em legítima defesa e respeitem as convenções internacionais sobre conflitos. “Este serviço armado deve ser exercido somente em legítima defesa, nunca para impor domínio sobre outras nações”, finalizou o pontífice.
O quadro de saúde do Papa continua a ser monitorado de perto pelo Vaticano, que já indicou que ele pretende manter sua agenda de compromissos, mesmo diante das dificuldades respiratórias.
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