O IPCA de janeiro ficou em 0,16%, menor índice para o mês desde 1994, segundo o IBGE.
11 de Fevereiro de 2025 às 18h01

Dólar encerra em queda a R$ 5,768, mesmo após tarifas de Trump sobre aço e alumínio

O IPCA de janeiro ficou em 0,16%, menor índice para o mês desde 1994, segundo o IBGE.

O dólar comercial encerrou a sessão de ontem cotado a R$ 5,768, apresentando uma queda de 0,31% em relação ao dia anterior. Essa é a segunda queda consecutiva da moeda americana, que havia oscilado acima de R$ 5,80 durante o dia. O movimento ocorre em um cenário de tranquilidade no mercado, mesmo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, produtos que têm o Brasil como um dos principais exportadores.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,16%, um resultado que representa uma desaceleração em relação à taxa de 0,52% registrada em dezembro. Este é o menor índice para o mês de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994.

O IPCA acumula uma alta de 4,83% nos últimos 12 meses, enquanto a expectativa do mercado, conforme análise do consenso Lseg, era de uma variação de 0,14% para o mês.

O dólar à vista, que é a taxa de referência para as transações comerciais, fechou em R$ 5,7682, acumulando uma queda de 6,65% no ano de 2025. Às 17h04, na B3, o dólar futuro para março, o contrato mais líquido, apresentava uma desvalorização de 0,44%, cotado a R$ 5,7860.

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O impacto das tarifas de Trump sobre o mercado brasileiro ainda é incerto, mas analistas acreditam que a medida pode afetar as exportações brasileiras, especialmente em setores como o siderúrgico. A reação do mercado financeiro, no entanto, sugere que os investidores estão cautelosos, mas não alarmados com a situação.

Além da moeda americana, o preço da energia elétrica também foi um fator relevante na análise do IPCA. Em janeiro, o preço da energia elétrica caiu 14,21%, o que teve um impacto negativo de 0,55 ponto percentual na inflação geral. Essa queda foi impulsionada pelo bônus de Itaipu, que resultou em uma redução significativa nas contas de luz.

O grupo habitação, que inclui a conta de energia, teve uma queda de 3,08%, sendo a maior influência negativa no índice de preços. O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, destacou que essa redução foi crucial para manter a inflação em níveis baixos.

Os dados sobre a inflação e a cotação do dólar são acompanhados de perto por economistas e investidores, que buscam entender as tendências do mercado e as possíveis implicações para a economia brasileira.

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