O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exige a liberação de reféns até sábado ou retomará ofensiva militar.
11 de Fevereiro de 2025 às 21h59

Netanyahu afirma que cessar-fogo em Gaza será encerrado se Hamas não devolver reféns

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exige a liberação de reféns até sábado ou retomará ofensiva militar.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o cessar-fogo em vigor na Faixa de Gaza será encerrado se o grupo militante Hamas não devolver os reféns até o meio-dia deste sábado (15). Em uma mensagem veiculada por vídeo, Netanyahu enfatizou que, caso a exigência não seja cumprida, as Forças de Defesa de Israel (IDF) retomarão suas operações militares na região.

“Se o Hamas não devolver nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e as IDF retornarão à luta intensa até que o Hamas seja completamente derrotado”, afirmou o líder israelense. A declaração foi feita após uma reunião de seu gabinete de segurança, na qual Netanyahu também ordenou que as forças se preparassem para uma possível escalada de conflitos.

O Hamas, por sua vez, acusou Israel de violar os termos do acordo de cessar-fogo e anunciou que suspenderá a libertação de reféns até que as questões em disputa sejam resolvidas. Em resposta, Netanyahu reiterou que a responsabilidade pela continuidade do cessar-fogo recai sobre o grupo militante, que, segundo ele, não cumpriu com seus compromissos.

Uma autoridade israelense informou que o governo espera a liberação de todos os nove reféns que ainda estão sob custódia do Hamas na primeira fase do cessar-fogo, que já dura 42 dias. “O Hamas violou o acordo e, portanto, não haverá progresso na implementação posterior do acordo sem o retorno de nossos reféns”, declarou a fonte.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se manifestou sobre a situação, sugerindo que Israel cancele o cessar-fogo caso o Hamas não libere todos os reféns até o prazo estipulado. Trump, um aliado próximo de Israel, afirmou que “deixar o inferno acontecer” pode ser uma opção, caso o grupo militante não cumpra suas obrigações.

O Hamas, por sua vez, respondeu às declarações de Trump, afirmando que os reféns israelenses só poderiam ser libertados se o cessar-fogo fosse respeitado. Sami Abu Zuhri, uma figura proeminente do Hamas, enfatizou que “a linguagem de ameaças não tem valor e só complica as coisas”.

Até o momento, 16 dos 33 reféns que deveriam ser libertados na primeira fase do acordo já foram devolvidos, além de cinco reféns tailandeses que foram libertados em uma ação não programada. Em troca, Israel libertou centenas de prisioneiros, incluindo aqueles que cumpriam penas por crimes graves e palestinos detidos sem acusação formal.

Netanyahu reafirmou seu compromisso de garantir que todos os reféns sejam devolvidos, prometendo que tomará “medidas determinadas e implacáveis até que todos os nossos reféns — os vivos e os mortos — sejam trazidos de volta”.

O cenário na Faixa de Gaza permanece tenso, com as partes envolvidas em um impasse que pode resultar em uma nova escalada de violência, caso as exigências não sejam atendidas.

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