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Hamas realiza sexta troca de reféns israelenses sob acordo de cessar-fogo
Três reféns israelenses foram libertados pelo Hamas em troca de 369 prisioneiros palestinos, conforme acordo de trégua.
O grupo terrorista Hamas anunciou a libertação de três reféns israelenses neste sábado, 15 de fevereiro, em mais uma etapa do acordo de cessar-fogo estabelecido entre as partes. Os reféns, identificados como o americano-israelense Sagui Dekel-Chen, o russo-israelense Sasha Troufanov e o argentino-israelense Iair Horn, foram entregues à Cruz Vermelha durante uma cerimônia realizada na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza.
A troca de reféns marca a sexta rodada de liberação sob os termos do cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro. De acordo com o acordo, Israel se comprometeu a libertar 369 prisioneiros palestinos em troca da liberação de 33 reféns israelenses, priorizando casos humanitários, como mulheres, crianças e idosos.
Os três homens foram sequestrados no kibutz Nir Oz durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a atual guerra em Gaza. A libertação dos reféns foi precedida por uma semana de tensões, onde o Hamas ameaçou atrasar a entrega, alegando que Israel não estava cumprindo suas obrigações de ajuda humanitária.
O governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, negou as acusações e reafirmou sua disposição de retomar as hostilidades se necessário. Após negociações, as partes concordaram em prosseguir com a troca, que foi acompanhada de perto pela comunidade internacional.
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Durante a cerimônia de entrega, os reféns fizeram breves declarações em um palco montado para o evento, antes de serem levados para locais de acolhimento, onde passarão por exames médicos antes de reencontrar suas famílias.
Desde o início das negociações, 16 reféns israelenses e cinco tailandeses foram libertados, enquanto centenas de prisioneiros palestinos foram soltos em troca. O Hamas e a Jihad Islâmica, que também participa das trocas, têm enfrentado críticas pela forma como têm conduzido as liberações, incluindo a exibição dos reféns durante os eventos.
As negociações para a segunda fase do cessar-fogo ainda não começaram, e o Hamas alega que Israel tenta sabotar o acordo, o que poderia complicar ainda mais a situação humanitária em Gaza. A ONU estima que a reconstrução da região, devastada pela guerra, custará mais de 53 bilhões de dólares.
O acordo atual tem validade até 1º de março, e ambas as partes expressaram interesse em iniciar discussões sobre uma nova fase que possa incluir a libertação de todos os reféns remanescentes e a extensão indefinida do cessar-fogo.
Com a libertação dos três reféns, a expectativa agora recai sobre a continuidade das negociações e a possibilidade de um futuro mais pacífico na região, embora as tensões permaneçam elevadas.
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