Uma barragem de rejeitos de mineração se rompeu em Porto Grande, afetando dois rios e levando à decretação de calamidade pública.
11 de Fevereiro de 2025 às 23h00

Rompimento de barragem no Amapá contamina rios e prefeitura declara calamidade

Uma barragem de rejeitos de mineração se rompeu em Porto Grande, afetando dois rios e levando à decretação de calamidade pública.

Na manhã desta terça-feira, 11, uma barragem de rejeitos de mineração se rompeu no município de Porto Grande, localizado na região central do Amapá. O incidente resultou na contaminação das águas de pelo menos dois rios, incluindo o Cupixi e o Amapari, com uma enxurrada de dejetos, levando a Prefeitura a decretar estado de calamidade pública.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram a gravidade da situação. Em um dos vídeos, uma moradora expressa sua indignação: “Chegamos aqui e nos deparamos com essa qualidade de água. Essa água que antes era cristalina agora está desse jeito. Pura lama”.

Até o momento, não há registros de vítimas fatais ou feridos. O decreto de calamidade, assinado pela administração municipal, informa que a barragem era operada de forma informal por uma empresa não identificada. O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, confirmou que a barragem estava situada em uma área de garimpo ilegal.

A enxurrada de rejeitos invadiu o distrito de Cupixi, afetando a comunidade ribeirinha que vive às margens dos rios. A Prefeitura de Porto Grande relatou que a região está sem acesso à água potável, impactando diretamente a população local.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Com a decretação do estado de calamidade, o município poderá adotar medidas emergenciais, incluindo a contratação de serviços sem a necessidade de licitação. O ministro Waldez Góes afirmou que a Defesa Civil Nacional foi acionada para auxiliar nas ações de atendimento à população afetada.

Em uma comunicação por videochamada, o ministro se reuniu com o prefeito de Porto Grande, Elielson Moraes (MDB), e o deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), para discutir as medidas a serem tomadas. Waldez Góes garantiu que equipes técnicas do Meio Ambiente e da Saúde foram enviadas para analisar a qualidade da água e verificar a situação no local do rompimento.

O rompimento da barragem representa um grave desafio ambiental e social para a região, que já enfrenta dificuldades devido à informalidade das operações de garimpo. O incidente levanta preocupações sobre a segurança das barragens no estado e a necessidade de regulamentação mais rigorosa para evitar novos desastres.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o Amapá nesta quarta-feira, 12, acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em um momento que pode ser crucial para a mobilização de recursos e apoio federal às vítimas do desastre.

Veja também:

Tópicos: