O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apresenta saldo de imagem melhor que o presidente Lula, segundo levantamento recente.
12 de Fevereiro de 2025 às 09h49

Tarcísio de Freitas supera Lula em imagem positiva, revela pesquisa AtlasIntel

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apresenta saldo de imagem melhor que o presidente Lula, segundo levantamento recente.

BRASÍLIA E SÃO PAULO – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, obteve um saldo de imagem positiva superior ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, conforme aponta a pesquisa do instituto AtlasIntel, divulgada nesta terça-feira, 11. De acordo com os dados, 44% dos brasileiros aprovam a gestão de Tarcísio, enquanto 48% a reprovam. Já Lula apresenta um índice de aprovação de 42% e uma desaprovação de 51%. A pesquisa tem uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de janeiro e ouviu 3.125 brasileiros, utilizando um método de recrutamento digital aleatório. O índice de confiabilidade da pesquisa é de 95%.

Comparando com a pesquisa anterior, realizada em dezembro do ano passado, a imagem de Lula tinha uma aprovação de 51% e uma reprovação de 46%. Nos meses que antecederam a nova pesquisa, o governo Lula enfrentou crises de comunicação, especialmente relacionadas à fiscalização do Pix pela Receita Federal.

No levantamento de dezembro, Tarcísio tinha 50% de desaprovação e 46% de aprovação. Nos últimos meses, tanto a aprovação quanto a desaprovação do governador paulista recuaram em dois pontos percentuais, enquanto a proporção de entrevistados que não souberam opinar sobre sua gestão aumentou de 4% para 9%.

Após Tarcísio e Lula, os políticos com os maiores saldos de aprovação são o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (42%), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (42%), o vice-presidente Geraldo Alckmin (41%) e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (41%).

Em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a pesquisa indica que sua imagem é aprovada por 38% da população, enquanto 57% a reprovam. Apenas 5% dos entrevistados não souberam opinar sobre sua gestão.

Bolsonaro apresenta uma rejeição inferior apenas à do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (77%), do ex-ministro da Integração Regional, Ciro Gomes (66%), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (61%), e da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja (58%). O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), possuem a mesma taxa de desaprovação que Bolsonaro, de 57%.

Tarcísio se destaca em possíveis eleições contra Lula

Além do saldo de imagem, Tarcísio também se destaca em um possível segundo turno contra Lula nas eleições de 2026. No cenário em que Tarcísio é o candidato, Lula teria 45,7% dos votos, enquanto o governador paulista alcançaria 44,7%. Outros 9,6% dos entrevistados optaram por votar em branco ou nulo, ou não souberam responder.

Em um cenário onde Bolsonaro é o candidato, Lula teria 47,6% dos votos, enquanto o ex-presidente ficaria com 43,4%. Neste caso, 9% dos eleitores também se mostraram indecisos.

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Com Tarcísio, o presidente perderia apoio entre os evangélicos (68,8% a 13,7%), homens (51,9% a 40,1%), pessoas com nível educacional até o ensino médio (48,6% a 37,1%) e entre os jovens de 16 a 34 anos (52,8% a 30%). Lula, por outro lado, venceria Tarcísio em todos os outros segmentos, especialmente entre as mulheres (51,4% a 37,8%) e os idosos (62,6% a 34,7%).

No primeiro turno, Lula também estaria à frente de todos os candidatos. Se os nomes fossem os mesmos da eleição presidencial de 2022, Lula teria 44% e Bolsonaro 40,6%. Os candidatos Simone Tebet e Ciro Gomes teriam 4,9% e 4,5%, respectivamente.

Em um cenário que inclui Tarcísio, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e o cantor Gusttavo Lima, Lula teria 41,1% dos votos. Os demais candidatos ficariam com 26,2%, 5,9% e 5,6%, respectivamente. Se o governador paulista fosse substituído pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula teria 40% e Eduardo 24,2%, enquanto Caiado e Gusttavo Lima teriam 7,5% e 5,2%, respectivamente.

Desaprovação do governo Lula

Atualmente, o governo Lula é desaprovado por 51,4% da população, enquanto 45,9% o aprovam. Esta é a segunda vez desde dezembro do ano passado que o índice negativo supera o positivo.

Os índices de avaliação do governo são preocupantes: 46,5% dos entrevistados consideram a gestão ruim ou péssima, enquanto 37,8% a avaliam como ótima ou boa. Apenas 15,6% classificam o governo como regular. Os números negativos têm superado os positivos desde dezembro.

Conforme a AtlasIntel, os setores onde o governo Lula é mais mal avaliado incluem justiça e combate à corrupção (45% de avaliação péssima), segurança pública (44% de avaliação péssima) e carga tributária/facilidades para negócios (43% de avaliação péssima). As áreas onde a gestão se destaca são direitos humanos/igualdade racial (43% de avaliação ótima), políticas sociais/redução da pobreza (38% de avaliação ótima) e relações internacionais (37%).

A pesquisa também comparou a percepção do governo atual em relação ao governo Bolsonaro. Para 48,5% dos entrevistados, a gestão Lula é considerada melhor do que a de Bolsonaro, enquanto 45,8% preferem o governo do capitão reformado. Outros 5,7% não percebem diferença entre os dois governos.

No comparativo, o governo petista se destaca em turismo, cultura e eventos (53% preferem a gestão atual), relações internacionais, políticas sociais e redução da pobreza, e direitos humanos e igualdade racial (todos com 51% de preferência para a gestão petista). O governo Bolsonaro é mais bem avaliado em responsabilidade fiscal (52%), carga tributária (49%) e segurança pública (48%).

Para os entrevistados, o maior erro do governo Lula foi a proposta de imposto sobre compras de até US$ 50 (70%), seguido pela norma, que foi revogada, para fiscalização sobre transações via Pix que somassem mais de R$ 5 mil no mês. Já os maiores acertos foram a retirada de garimpeiros das reservas indígenas e ambientais (72%) e o programa de renegociação de dívidas da população, conhecido como Desenrola (72%).

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