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Brasileiros priorizam saúde e emprego em detrimento de diplomas universitários
Pesquisa revela que a busca por emprego supera a valorização de diplomas entre os brasileiros.
Uma nova pesquisa realizada pelo instituto Quaest, a pedido do jornal O Globo, revela uma mudança significativa na perspectiva dos brasileiros sobre trabalho e educação. Em um cenário marcado pela alta de preços de produtos essenciais, a necessidade de ter um emprego, independentemente da área, se tornou mais importante do que a obtenção de um diploma universitário. O estudo foi divulgado neste domingo, 16.
Embora a formação acadêmica ainda tenha seu valor, a percepção sobre a necessidade de um diploma diminuiu entre todas as classes sociais. Entre os entrevistados da classe baixa, 84% afirmaram que o essencial é ter um trabalho que pague as contas, uma opinião que também se repetiu nas classes média e alta, com 77% e 71% respectivamente.
Os dados indicam que cerca de 58% dos entrevistados da classe baixa acreditam que ter um diploma é importante, enquanto nas classes média e alta esse número cai para 52% em ambas. Essa tendência sugere uma mudança na visão sobre o mercado de trabalho, especialmente entre a geração Z, que busca novas formas de trabalho além das carreiras tradicionais.
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Adicionalmente, a pesquisa aponta que 56% dos brasileiros de classe baixa residem em imóveis próprios, enquanto 29% vivem em imóveis alugados. Na classe média, o percentual de pessoas que já quitaram suas casas sobe para 59%, e na classe alta, o índice é de 58%.
O estudo também analisa como as diferentes classes sociais percebem questões sociais, econômicas e governamentais, como privatizações e responsabilidades do Estado. Cerca de 58% dos entrevistados da classe baixa acreditam que instituições como Correios, Caixa Econômica Federal e Petrobras devem permanecer sob administração do governo. Esse número diminui para 54% na classe média e 53% na classe alta.
Em relação aos desejos mais comuns, uma boa saúde foi apontada como a principal aspiração dos brasileiros, seguida pela felicidade junto à família e amigos, com o desejo de ter uma casa própria ocupando a terceira posição. Quanto às preocupações, o medo da violência e da criminalidade continua sendo o principal temor em todas as classes. Para a classe baixa, a fome e a miséria são as segundas maiores preocupações, enquanto nas classes média e alta, a corrupção é vista como um dos maiores temores atuais.
Para a classe alta, a corrupção é considerada a maior desvantagem de viver no Brasil, com 21% dos entrevistados apontando essa questão entre as opções oferecidas. Já para as classes média e baixa, a maior desvantagem está relacionada a problemas de segurança pública, como crimes e violência.
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