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Lula admite possibilidade de candidatura em 2026, mas condiciona a saúde
O presidente afirmou que a decisão depende de sua saúde e da energia que possui atualmente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou a possibilidade de concorrer à reeleição em 2026, no entanto, deixou claro que essa decisão está atrelada a sua saúde. Em entrevista à Rádio Clube do Pará, nesta sexta-feira (14), o petista, que completou 79 anos, declarou: “se eu estiver legal e achar que posso ser candidato, eu posso ser candidato”.
Lula enfatizou que a discussão sobre sua candidatura envolve não apenas a sua saúde, mas também conversas com diversos partidos políticos e a sociedade brasileira. “Eu tenho 79 anos, tenho que ter consciência comigo mesmo, não posso mentir para ninguém, e muito menos pra mim”, afirmou.
O presidente detalhou que, para se considerar apto a uma nova candidatura, precisa estar “com 100% de saúde e com a energia que tenho hoje, inclusive de cabeça limpa”. Ele relembrou um acidente que sofreu em outubro de 2024, quando se machucou na cabeça, e mencionou o tratamento que fez para recuperar a saúde mental. “Tirei tudo o que era bobagem que tinha na cabeça, só ficou coisa boa agora e pensamento positivo”, completou.
Apesar de admitir a possibilidade, Lula ressaltou que não é sua prioridade no momento discutir a próxima eleição. “É muito cedo para falar sobre o próximo pleito eleitoral”, ponderou.
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Além de abordar sua saúde e possíveis planos eleitorais, Lula também comentou sobre a nova composição do Congresso Nacional. Ele expressou otimismo em relação aos novos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmando que eles “vão ajudar muito” o governo federal nos próximos dois anos.
O presidente também agradeceu aos antecessores, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacando a importância de uma agenda que atenda às necessidades do povo. “Quando a gente colocar a pauta do povo, tenho certeza de que o Congresso vai aprovar”, disse.
Em relação à exploração de petróleo na Margem Equatorial, Lula defendeu uma mediação entre os que são a favor e os que são contra, ressaltando a necessidade de agir com responsabilidade para não causar danos ao meio ambiente. Ele enfatizou que o Brasil possui uma matriz energética privilegiada e que a exploração deve ser feita de maneira sustentável.
Por fim, Lula abordou as relações comerciais com os Estados Unidos, criticando a postura protecionista do governo norte-americano sob a administração de Donald Trump. Ele afirmou que o Brasil deseja manter uma relação harmoniosa com os EUA, mas que haverá reciprocidade em caso de imposições comerciais.
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