O bilionário condiciona sua proposta à manutenção da OpenAI como entidade sem fins lucrativos, em meio a disputas com Sam Altman.
13 de Fevereiro de 2025 às 09h38

Elon Musk ameaça retirar oferta de US$ 97,4 bilhões pela OpenAI se não preservar missão

O bilionário condiciona sua proposta à manutenção da OpenAI como entidade sem fins lucrativos, em meio a disputas com Sam Altman.

Elon Musk, CEO da Tesla e cofundador da OpenAI, anunciou que está disposto a retirar sua oferta de US$ 97,4 bilhões para adquirir a organização sem fins lucrativos OpenAI, caso a empresa mantenha sua estrutura atual. A informação foi revelada em um processo judicial recente, onde advogados de Musk afirmaram que a proposta está atrelada à preservação da missão original da OpenAI.

O documento apresentado em tribunal destaca que, se o conselho da OpenAI concordar em manter sua missão de caridade e desistir da conversão para uma entidade com fins lucrativos, Musk retirará sua oferta. Caso contrário, a organização deve ser compensada pelo valor que um comprador de boa-fé pagaria por seus ativos.

A disputa entre Musk e Sam Altman, atual CEO da OpenAI, tornou-se pessoal e pública, refletindo a intensa rivalidade entre os dois. Musk, que se afastou da OpenAI devido a desentendimentos sobre a direção da empresa, está agora em um embate por controle sobre o futuro da inteligência artificial.

Segundo informações, Musk lançou sua proposta de aquisição em um momento em que a OpenAI está se preparando para uma transição que a tornaria uma entidade com fins lucrativos. Essa mudança, segundo Musk, violaria a missão fundacional da OpenAI, que foi criada como uma organização beneficente em 2015.

O advogado de Musk, em sua declaração, enfatizou que a oferta é séria e visa apoiar a missão da OpenAI. No entanto, a empresa, em sua defesa, argumenta que a proposta de Musk é contraditória, já que ele busca adquirir a OpenAI para si mesmo, enquanto alega que a organização não deve ser usada para ganhos privados.

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Sam Altman, que assumiu a liderança da OpenAI após a saída de Musk, tem trabalhado em um plano para reestruturar a empresa, permitindo que a unidade com fins lucrativos atraia investimentos, incluindo da Microsoft. Altman reafirmou que a OpenAI, enquanto entidade sem fins lucrativos, não está à venda e que sua missão é garantir que os benefícios da inteligência artificial sejam acessíveis a toda a humanidade.

A proposta de Musk, que inclui um consórcio de investidores, foi vista como uma tentativa de bloquear a transição da OpenAI para uma estrutura com fins lucrativos. A OpenAI, por sua vez, já se posicionou contra a venda de seus ativos, reafirmando seu compromisso com a missão original de promover a inteligência artificial de forma ética e benéfica.

O embate entre Musk e Altman não é novo, já que os dois têm um histórico de disputas públicas e legais. Musk já processou a OpenAI anteriormente, alegando que a empresa havia violado sua carta de fundação ao se afastar de sua missão original.

Recentemente, em uma sessão de perguntas e respostas, Musk comparou a situação da OpenAI a um cenário hipotético onde uma organização sem fins lucrativos destinada a preservar a Amazônia se tornasse uma empresa madeireira, enfatizando que isso seria uma traição aos objetivos iniciais.

Enquanto isso, Altman respondeu às provocações de Musk, chamando-o de “inseguro” e sugerindo que suas ações visam apenas desacelerar os avanços da OpenAI. A tensão entre os dois líderes do setor de tecnologia continua a crescer, levantando questões sobre o futuro da inteligência artificial e o papel das organizações sem fins lucrativos nesse contexto.

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