Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar bolo que matou três, foi encontrada sem vida em Guaíba
13 de Fevereiro de 2025 às 09h57

Suspeita de envenenamento em caso de bolo mortal é encontrada morta na prisão

Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar bolo que matou três, foi encontrada sem vida em Guaíba

Deise Moura dos Anjos, a mulher acusada de envenenar um bolo que resultou na morte de três pessoas de uma mesma família, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul. A principal hipótese levantada pelas autoridades é a de suicídio.

A informação foi confirmada pela Polícia Penal, que comunicou que Deise foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal na unidade prisional. Em nota, a polícia relatou que “imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência, que, ao chegar no local, constatou o óbito. Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias”.

O caso de Deise Moura dos Anjos ganhou notoriedade após um trágico incidente em 23 de dezembro de 2024, quando um bolo envenenado, supostamente preparado por ela, causou a morte de três familiares durante uma confraternização de Natal. As vítimas, Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, de 65 anos, faleceram após ingerirem o bolo que continha arsênio.

As investigações indicam que a farinha utilizada no bolo estava contaminada com arsênio, possivelmente adquirido por Deise. O evento festivo, que deveria ser um momento de celebração, transformou-se em uma tragédia, deixando outras duas pessoas hospitalizadas, incluindo Zeli, a matriarca da família.

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As circunstâncias do envenenamento foram ainda mais complicadas pela descoberta de que Deise havia sido detida preventivamente por triplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Em 5 de janeiro de 2025, a polícia exumou o corpo de Paulo Luiz dos Anjos, ex-marido de Deise, para investigar a causa de sua morte, confirmando que ele também havia consumido arsênio.

Desde sua detenção, Deise estava em uma cela isolada na ala de triagem da penitenciária, onde foi transferida após ficar quase um mês no Presídio Feminino de Torres. Sua morte levanta questões sobre a segurança e as condições de detenção na unidade prisional.

A tragédia do bolo envenenado deixou marcas profundas na comunidade de Torres, que ainda se recupera do choque causado pelo crime. O caso gerou uma série de investigações, com a polícia investigando a possibilidade de que Deise Moura dos Anjos tenha tentado envenenar outras pessoas em seu círculo social.

As autoridades continuam a apurar os detalhes do caso, enquanto a família das vítimas busca respostas e justiça. A repercussão do caso também trouxe à tona discussões sobre a saúde mental e o suporte a indivíduos em situações de estresse e conflito familiar.

A morte de Deise Moura dos Anjos, que estava sob forte pressão pública e judicial, é um desdobramento trágico em um caso que já era marcado por dor e perda. As investigações sobre o envenenamento e suas implicações legais continuam a ser um foco para as autoridades locais.

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