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Lula defende pesquisa de petróleo na Margem Equatorial com compromisso ambiental
O presidente afirmou que a Petrobras tem tecnologia para explorar a região sem causar danos ao meio ambiente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou seu apoio à pesquisa para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, especificamente na foz do Rio Amazonas, no Amapá. Durante uma cerimônia de entrega de terras da União ao Estado, Lula enfatizou que a Petrobras possui a expertise necessária para conduzir essa exploração de forma responsável, garantindo que não haverá qualquer tipo de “loucura ambiental”.
Em seu discurso, Lula destacou a importância de avaliar as riquezas naturais da região, afirmando que “ninguém pode proibir” as pesquisas que buscam entender o potencial mineral existente. O presidente sublinhou que, embora tenha um compromisso com a preservação ambiental, não pode ignorar a possibilidade de uma riqueza mineral significativa que ainda não foi explorada.
“A Petrobras é a empresa com mais tecnologia do mundo em prospecção de petróleo em águas profundas. Não queremos poluir um milímetro das águas, mas também não podemos deixar o Amapá pobre se houver petróleo aqui”, declarou Lula, ressaltando que a questão é de “bom senso”.
O presidente também comentou sobre a necessidade de um diálogo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para garantir que as atividades de pesquisa sejam conduzidas de maneira sustentável. Lula afirmou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, está encarregado de estabelecer essa comunicação.
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Durante a cerimônia, Lula fez uma comparação com outros países que já exploram suas riquezas naturais, como a Guiana e o Suriname, que estão se beneficiando financeiramente da exploração de petróleo. “Enquanto isso, nós vamos ficar apenas comendo pão com água?”, questionou, defendendo que o Brasil também deve buscar seus recursos de forma responsável.
O presidente minimizou as críticas que podem surgir de outros países em relação à exploração na Margem Equatorial, lembrando que nações como os Estados Unidos, França e Inglaterra continuam a explorar seus próprios recursos sem hesitação. “Tem gente que fala: Presidente, vai ter a COP aqui, vai ser muito ruim. Veja se os EUA estão preocupados. Não, eles exploram o quanto puder”, afirmou.
Lula reafirmou seu compromisso com a preservação do meio ambiente, mas insistiu que a pesquisa para a exploração de petróleo deve continuar. Ele acredita que a humanidade ainda precisará de combustíveis fósseis por um longo tempo, e que é necessário entender o que existe no subsolo brasileiro.
O discurso do presidente ocorre em um momento de crescente debate sobre as políticas ambientais e a exploração de recursos naturais no Brasil, especialmente em regiões sensíveis como a Amazônia. A Margem Equatorial é vista com cautela por ambientalistas devido aos potenciais impactos negativos que a exploração de petróleo pode causar ao ecossistema local.
Por fim, Lula concluiu sua fala reafirmando que o governo não fará nenhuma “loucura ambiental”, mas que é fundamental estudar as possibilidades de exploração e assumir um compromisso com a responsabilidade ambiental. “Estamos aqui para cuidar com carinho do nosso meio ambiente, mas também para garantir que o Amapá não fique para trás”, finalizou.
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