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Oito mortes por febre amarela são confirmadas em São Paulo desde janeiro
Casos da doença aumentam e Secretaria de Saúde alerta sobre vacinação.
A febre amarela segue preocupando as autoridades de saúde em São Paulo, com o número de mortes subindo para oito desde o início de 2025. A Secretaria Estadual da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (14), doze casos da doença, todos sem histórico de vacinação.
Os registros de febre amarela em macacos nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Barretos e Osasco também aumentaram, totalizando 30 casos desde o ano passado. É importante destacar que os macacos não transmitem a doença, mas são considerados hospedeiros acidentais do vírus.
A vacina contra a febre amarela é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde do estado. A imunização é recomendada especialmente para aqueles que planejam viajar para áreas rurais ou de mata, especialmente com a proximidade do carnaval, quando o fluxo de turistas costuma aumentar.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas e vômitos, além de fadiga e fraqueza. A identificação precoce da doença é crucial, uma vez que a confirmação muitas vezes ocorre apenas após a necropsia, conforme alertou a coordenadora da UTI de Infectologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, Ho Yeh Li.
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A coordenadora enfatizou que os serviços de saúde primária e secundária devem estar atentos aos sinais da doença para garantir um diagnóstico adequado e oportuno. A falta de reconhecimento dos sintomas pode levar a um aumento no número de casos graves.
O Ministério da Saúde já havia emitido um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela em São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins, destacando que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio. A nota técnica recomendou a intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas consideradas de risco.
Além disso, a vacina é parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos. Para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas, uma dose única é recomendada.
As autoridades de saúde continuam a reforçar a importância da vacinação como a melhor estratégia para combater a febre amarela e evitar novas mortes.
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