São Paulo registra oitava morte por febre amarela em 2025 e alerta para risco
Com 12 casos confirmados, Secretaria de Saúde recomenda imunização antes do Carnaval
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou na última sexta-feira (14) a ocorrência de 12 casos de febre amarela no território paulista, elevando o número de mortes causadas pela doença para oito. A atualização foi divulgada em um momento crítico, com a proximidade do Carnaval, quando o fluxo de viagens para áreas rurais tende a aumentar.
A coordenadora da UTI de Infectologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Ho Yeh Li, destacou em entrevista à Agência Brasil a preocupação com o diagnóstico da febre amarela. Segundo ela, muitos casos podem não ser identificados corretamente nos serviços de saúde primária e secundária, resultando em confirmações apenas após a necropsia.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. A Secretaria de Saúde enfatiza a importância de buscar a imunização, especialmente para aqueles que planejam viajar para regiões de mata ou áreas rurais durante o feriado.
O Ministério da Saúde também emitiu um alerta no início de fevereiro sobre o aumento da transmissão da febre amarela em São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica, destinada às secretarias de saúde, ressalta que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas consideradas de risco.
A vacina contra a febre amarela é a principal medida de prevenção. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação, sendo recomendado para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos. Além disso, uma dose única é indicada para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram vacinadas.
Com a chegada do Carnaval, a Secretaria de Saúde reforça a necessidade de que a população esteja atenta aos sintomas e busque a imunização, especialmente em áreas com maior risco de transmissão da febre amarela.
As autoridades de saúde continuam monitorando a situação e recomendam que a população mantenha-se informada e adote medidas preventivas para evitar a propagação da doença.
Veja também: