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Anvisa interdita oito clínicas de estética em operação de fiscalização no Brasil
Ação da Anvisa identificou irregularidades em 30 das 31 clínicas inspecionadas em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e DF.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou oito clínicas de estética em uma operação de fiscalização realizada em várias regiões do Brasil, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal. A ação, que ocorreu nesta semana, revelou irregularidades em 30 dos 31 estabelecimentos vistoriados.
Os fiscais da Anvisa, em conjunto com vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, encontraram problemas graves que levaram à interdição dos serviços. As clínicas interditadas apresentaram diversas falhas, como a manipulação de produtos sem registro e a utilização de substâncias proibidas, como preenchedores dérmicos.
Durante a operação, mais de 2.000 ampolas de produtos manipulados foram apreendidas, incluindo toxina botulínica que havia expirado há dois anos. Um dos estabelecimentos vistoriados estava realizando transplantes capilares sem a infraestrutura adequada, o que representa um sério risco à saúde dos pacientes.
No Distrito Federal, as irregularidades incluíram a presença de medicamentos vencidos, descarte inadequado de resíduos e falhas nas condições de higiene. Em Goiânia, apenas uma das nove clínicas inspecionadas estava em conformidade com as normas sanitárias, enquanto em Belo Horizonte, uma clínica foi flagrada reutilizando instrumentos para microagulhamento, o que aumenta o risco de infecções.
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A Anvisa informou que a escolha dos estabelecimentos para fiscalização foi motivada por denúncias feitas por usuários e pelo aumento de relatos de eventos adversos graves associados a procedimentos estéticos. A agência também destacou que a operação foi parte da iniciativa “Estética com Segurança”, que visa garantir a proteção da saúde dos consumidores.
Entre as irregularidades encontradas, estavam a falta de protocolos de segurança para os pacientes, ausência de prontuários e falhas na esterilização de equipamentos. A Anvisa não divulgou os nomes das clínicas interditadas, mas enfatizou que todas as unidades que apresentaram problemas enfrentarão processos administrativos e multas.
Além disso, os fiscais identificaram a presença de produtos cosméticos e medicamentos manipulados em nome de funcionários das clínicas, uma prática que visa burlar a fiscalização. A situação é preocupante, pois envolve a saúde de muitos consumidores que buscam tratamentos estéticos sem a devida garantia de segurança.
A Anvisa ressalta a importância da fiscalização contínua e da colaboração dos usuários para a identificação de irregularidades em serviços de saúde. A agência também disponibiliza orientações em seu site sobre cuidados e práticas seguras em tratamentos estéticos, reforçando a necessidade de responsabilidade tanto por parte dos prestadores de serviços quanto dos consumidores.
Com essa operação, a Anvisa reafirma seu compromisso com a segurança dos procedimentos estéticos e a proteção da saúde pública, buscando coibir práticas irregulares que possam comprometer o bem-estar dos cidadãos.
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