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Polícia Civil realiza operação em Duque de Caxias após ataque a delegacia
Criminosos tentaram resgatar traficantes em ação violenta; dois policiais ficaram feridos, mas já receberam alta.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou uma operação na manhã deste domingo (16) na comunidade Vai Quem Quer, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação visa localizar os responsáveis pelo ataque à 60ª Delegacia de Polícia, que ocorreu na noite do último sábado (15).
O ataque foi perpetrado por um grupo de pelo menos dez criminosos armados, que cercaram o prédio da delegacia e abriram fogo, em uma tentativa frustrada de resgatar dois indivíduos detidos: Rodolfo Manhães Viana, conhecido como “Rato”, e seu braço-direito, Wesley de Souza do Espírito Santo, também conhecido como W. O traficante Rato é apontado como o chefe do tráfico na região.
De acordo com informações da Polícia Civil, o ataque foi coordenado por Joab da Conceição Silva, um notório traficante que lidera o tráfico na comunidade da Rua 7, em Caxias. Durante a ação, os criminosos tentaram invadir a delegacia, mas os dois traficantes já haviam sido transferidos para a Cidade da Polícia.
Os policiais que estavam de plantão reagiram ao ataque e, durante a troca de tiros, dois agentes ficaram feridos. Eles foram socorridos e levados ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde receberam atendimento e já tiveram alta médica. Um dos policiais foi baleado na coxa, enquanto o outro sofreu uma agressão e foi atingido no pé.
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Após o ataque, a delegacia ficou danificada, com marcas de balas e estilhaços visíveis na fachada. Moradores da região gravaram vídeos que mostram os criminosos descendo de um veículo e abrindo fogo contra o prédio.
Em resposta ao ataque, a Polícia Civil iniciou uma grande operação durante a madrugada de domingo, mobilizando agentes para as comunidades de Vai Quem Quer, Rua 7, Santa Lúcia e Rodrigues Alves. Um helicóptero foi utilizado para apoiar a ação, e o policiamento ao redor da delegacia foi intensificado.
Até o momento, três homens foram detidos, mas a polícia informa que eles não têm ligação direta com o ataque à delegacia. A Polícia Civil também confirmou que solicitou a transferência de Rato e W para um presídio federal, visando garantir maior segurança.
A ação da polícia reflete a crescente preocupação com a violência e a atuação de facções criminosas na Baixada Fluminense, onde conflitos entre grupos rivais têm se intensificado nos últimos meses.
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