Danilo Costa, de 46 anos, é acusado de crimes sexuais contra 15 mulheres em Itabira e região.
17 de Fevereiro de 2025 às 16h35

Médico é indiciado por estupro de paciente com câncer em Minas Gerais

Danilo Costa, de 46 anos, é acusado de crimes sexuais contra 15 mulheres em Itabira e região.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou o médico Danilo Costa, de 46 anos, por crimes de estupro, assédio sexual, importunação sexual e violação sexual mediante fraude. O indiciamento ocorre após denúncias de 15 vítimas, entre pacientes e funcionárias de hospitais, na região de Itabira e Barão de Cocais.

Danilo Costa foi preso no dia 4 de fevereiro, após uma mulher relatar que foi estuprada durante uma consulta médica em um hospital local. A paciente, de 52 anos, afirmou que o médico a agarrou e a violentou assim que entrou no consultório.

As investigações revelaram que a maioria das vítimas apresentava vulnerabilidades, seja por questões de saúde ou problemas familiares. O delegado responsável pelo caso, João Martins Teixeira, destacou que o perfil das vítimas é um indicativo preocupante sobre a conduta do médico.

Além da denúncia inicial, outras 14 mulheres se apresentaram para relatar abusos. Entre elas, nove eram pacientes de Danilo e seis eram funcionárias do hospital onde ele trabalhava. O delegado ressaltou que as investigações continuam abertas, pois acredita-se que possam existir mais vítimas.

Durante as apurações, a polícia encontrou material genético compatível com o médico em uma das vítimas. A presença de uma proteína produzida pela próstata foi identificada, e a ausência de espermatozoides sugere que o material é de um homem vasectomizado, o que se encaixa no histórico médico de Danilo.

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A PCMG também informou que as investigações se concentraram em possíveis abusos ocorridos em outras cidades da região, como Barão de Cocais. O delegado enfatizou que a corporação permanece à disposição para receber novas denúncias e que, se necessário, um novo inquérito será instaurado.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou um pedido de habeas corpus feito pela defesa do médico, considerando que existem indícios suficientes de sua autoria nos crimes. A decisão foi publicada no dia 6 de fevereiro.

O Hospital Nossa Senhora das Dores, onde Danilo atuava, repudiou os atos do médico e anunciou o afastamento imediato dele de suas funções. Em nota, a instituição informou que suspendeu todos os atendimentos realizados por ele desde o dia 27 de janeiro, e reafirmou seu compromisso em colaborar com as autoridades na investigação.

As vítimas de violência sexual têm à disposição diversos canais para denunciar abusos, incluindo a ouvidoria do hospital, conselhos regionais de medicina e o Ministério Público Federal. É importante que as vítimas busquem apoio e assistência, independentemente de registrarem ou não boletim de ocorrência.

O caso do médico Danilo Costa levanta preocupações sobre a segurança das pacientes em ambientes de saúde e a necessidade de mecanismos eficazes para a denúncia de abusos.

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