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Israel mantém cinco postos no sul do Líbano após expiração do prazo de retirada
Após o fim do prazo para retirada total, Israel decide manter tropas em cinco locais estratégicos na região.
Israel anunciou que suas tropas, embora tenham se retirado de várias localidades no sul do Líbano, continuarão presentes em cinco postos de controle. Essa decisão ocorre após o término do prazo estipulado pelo acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, confirmou que as forças israelenses permanecerão em uma zona-tampão, agindo de forma coercitiva contra qualquer violação do cessar-fogo por parte do Hezbollah. Katz enfatizou a importância de manter esses pontos estratégicos para garantir a segurança das comunidades israelenses na região.
O acordo de cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos e França, previa a retirada total das tropas israelenses até 18 de fevereiro, após uma prorrogação do prazo original que era 26 de janeiro. O Hezbollah, por sua vez, comprometeu-se a desmantelar suas infraestruturas e a deslocar suas unidades para o norte do rio Litani, situado a cerca de 30 km da fronteira.
As forças armadas libanesas, que devem ocupar as áreas deixadas pelos israelenses, já estão presentes em diversas localidades do sul do país, conforme relatado por fontes militares. O Exército libanês mobilizou suas tropas em várias localidades fronteiriças, em coordenação com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).
Durante o período de conflito, que se intensificou após a guerra em Gaza, Israel e Hezbollah trocaram ataques, resultando em um elevado número de baixas. Estima-se que mais de 4.000 pessoas tenham sido mortas em decorrência das hostilidades, segundo dados do Ministério da Saúde do Líbano.
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O Hezbollah, liderado por Naim Qassem, expressou sua insatisfação com a decisão de Israel de manter tropas em solo libanês, afirmando que não há justificativa para qualquer atraso na retirada. O líder libanês ressaltou que a confiança em Israel é inexistente, o que aumenta as tensões na região.
As autoridades libanesas, preocupadas com a situação, rejeitaram qualquer extensão do prazo de retirada e pediram aos patrocinadores do acordo que pressionem Israel a cumprir suas obrigações. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu que Israel tomará as medidas necessárias para garantir a segurança de seus cidadãos e desarmar o Hezbollah.
A situação no sul do Líbano permanece tensa, e a presença contínua de tropas israelenses em pontos estratégicos gera incertezas sobre a estabilidade da região. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dos eventos, dado o histórico de conflitos entre Israel e Hezbollah.
O impacto humanitário do conflito é significativo, com cerca de 100.000 pessoas ainda deslocadas internamente no Líbano, segundo informações da ONU. As autoridades locais enfrentam o desafio de reconstruir áreas devastadas e garantir a segurança dos cidadãos que desejam retornar a suas casas.
O acordo de cessar-fogo, que visava estabilizar a situação, agora enfrenta um teste crucial, dado o descontentamento das partes envolvidas e a complexidade da dinâmica regional.
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