O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu promete represálias após a identificação de um corpo não correspondente ao de Shiri Bibas.
21 de Fevereiro de 2025 às 08h43

Israel acusa Hamas de violação grave após corpo de Shiri Bibas não ser devolvido

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu promete represálias após a identificação de um corpo não correspondente ao de Shiri Bibas.

O governo de Israel expressou indignação após a confirmação de que um dos corpos devolvidos pelo Hamas não pertence à refém Shiri Bibas, sequestrada em 7 de outubro de 2023, durante um ataque do grupo militante. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou a situação como uma "violação cruel" do acordo de cessar-fogo, prometendo que Israel atuará com determinação para trazer Shiri de volta.

Na quinta-feira, o Hamas entregou quatro corpos, incluindo os de Shiri e seus dois filhos, Ariel e Kfir. No entanto, a análise forense realizada pelo Instituto Médico Legal de Tel Aviv revelou que o quarto corpo não correspondia ao de Shiri, mas sim a uma mulher não identificada. Netanyahu afirmou que o grupo terrorista agiu de forma cínica ao substituir o corpo da mãe por outro.

“A crueldade dos monstros do Hamas não tem limites. Eles não apenas sequestraram a família Bibas, mas também não devolveram Shiri a seus filhos, colocando no caixão o corpo de uma mulher de Gaza”, declarou Netanyahu em um vídeo.

O Hamas, por sua vez, afirmou que as alegações israelenses serão examinadas com seriedade e que o grupo não tem interesse em manter os corpos de reféns. Ismail Al-Thawabta, porta-voz do Hamas, sugeriu que o corpo de Shiri pode ter sido misturado a outros restos mortais devido aos bombardeios israelenses na área onde ela estava sendo mantida.

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As tensões aumentaram após a identificação dos corpos de Ariel e Kfir, que foram encontrados em condições que indicam que teriam sido mortos em cativeiro. O exército israelense confirmou que as crianças foram brutalmente assassinadas por terroristas palestinos em novembro de 2023.

O primeiro-ministro Netanyahu não poupou críticas ao Hamas, afirmando que o grupo é responsável pela morte de milhares de civis palestinos e israelenses durante o conflito. Ele reiterou o compromisso de Israel em trazer todos os reféns de volta, vivos ou mortos, e garantir que o Hamas pague pelo que considera uma violação grave do acordo.

O coletivo israelense que defende a libertação de reféns expressou sua revolta pela não devolução de Shiri, destacando que a situação é devastadora para a família e para todos os que esperam a volta dos sequestrados. “Estamos horrorizados e devastados com a notícia de que a mãe deles, Shiri, não foi devolvida, apesar do acordo”, afirmou o grupo.

O Hamas está previsto para libertar mais seis reféns vivos no próximo sábado, como parte dos termos do acordo de cessar-fogo que começou em 19 de janeiro. No entanto, as negociações para a segunda fase do acordo ainda não começaram, e o grupo acusou Israel de evitar discussões.

A situação continua tensa, com apelos internacionais por um retorno seguro e imediato de todos os reféns e a necessidade de um diálogo que leve a uma resolução pacífica do conflito. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos da situação, que permanece crítica na região.

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