Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, destaca nova competência das guardas municipais após decisão do Supremo.
21 de Fevereiro de 2025 às 13h13

Após decisão do STF, Nunes anuncia mudança de nome da GCM para Polícia Metropolitana

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, destaca nova competência das guardas municipais após decisão do Supremo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta sexta-feira (21) que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) passará a se chamar "Polícia Metropolitana". A mudança ocorre após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu na quinta-feira (20) a competência das guardas municipais para realizar policiamento ostensivo e efetuar prisões em flagrante.

Nunes afirmou que a decisão do STF representa "uma pancada contra a criminalidade" e esclarece a atuação da GCM. "Deixa muito claro para todos os órgãos, o Judiciário e a sociedade, a competência da Guarda. Agora, teremos uma condição muito melhor de atuação, sem nenhuma dúvida quanto a esse tema", declarou o prefeito.

O novo nome da GCM reflete a ampliação de suas atribuições, que incluem a possibilidade de realizar ações de segurança pública em colaboração com outras forças policiais. A mudança de nomenclatura ainda não tem uma data definida, e a prefeitura estuda se a alteração poderá ser feita por meio de um decreto ou se será necessário encaminhar um projeto de lei à Câmara Municipal.

Além da mudança de nome, Nunes anunciou a contratação de mais 2 mil guardas civis metropolitanos, elevando o efetivo total para 9,5 mil. Essa medida visa reforçar a segurança na capital paulista, que enfrenta desafios relacionados à criminalidade.

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Com a decisão do STF, as guardas municipais poderão atuar em ações de policiamento comunitário e preventivo, além de realizar prisões em flagrante. No entanto, a atuação das guardas deve ser restrita aos limites de seus municípios e em cooperação com os demais órgãos de segurança pública, sob a supervisão do Ministério Público.

A questão chegou ao STF após um recurso do município contra uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que havia barrado uma lei municipal que concedia à GCM o poder de realizar policiamento preventivo e prisões em flagrante. O TJ-SP argumentou que o Legislativo municipal havia invadido a competência do Estado ao legislar sobre segurança pública.

O relator do processo, ministro Luiz Fux, destacou que as guardas municipais fazem parte do sistema de segurança pública do país, ao lado das polícias Civil e Militar. Ele afirmou que é constitucional que os municípios criem leis que permitam que suas guardas atuem em ações de segurança pública, desde que respeitem a cooperação com as polícias.

A decisão do STF foi aprovada por maioria, com apenas dois votos contrários, dos ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin, que defendiam a necessidade de estabelecer limites mais claros para o policiamento ostensivo das guardas municipais.

Ricardo Nunes ressaltou que a nova configuração da GCM permitirá uma atuação mais eficaz frente à criminalidade. "Já tivemos situações em que a GCM efetuou prisões em flagrante e, em seguida, a pessoa foi solta pelo juiz. Agora, isso não acontece mais, pois ficou estabelecido o poder de polícia da Guarda Civil Metropolitana", afirmou o prefeito.

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