O governo chinês anunciou tarifas de 10% a 15% sobre alimentos e produtos agrícolas, em retaliação às medidas de Trump.
04 de Março de 2025 às 11h34

China impõe novas tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA em resposta a Trump

O governo chinês anunciou tarifas de 10% a 15% sobre alimentos e produtos agrícolas, em retaliação às medidas de Trump.

Na terça-feira, 4 de março de 2025, a China anunciou a imposição de tarifas adicionais que variam entre 10% e 15% sobre produtos agrícolas e alimentícios provenientes dos Estados Unidos. A decisão foi tomada em resposta ao aumento das tarifas de 20% sobre produtos chineses, implementadas pelo presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

Entre os produtos que sofrerão a nova taxação, destacam-se o trigo, milho e frango, que terão uma tarifa de 15%. Já mercadorias como soja, frutas, vegetais, laticínios, carne suína e bovina serão taxadas em 10%. As informações foram divulgadas pelo Ministério das Finanças e do Comércio da China.

A medida entra em vigor no dia 10 de março e representa uma resposta rápida do governo chinês às recentes ações do presidente americano, que justificou o aumento das tarifas como uma forma de pressionar outros países, como México e Canadá, a intensificarem o controle nas fronteiras.

Além das tarifas, a China também anunciou restrições a 25 empresas norte-americanas, limitando suas operações e investimentos em território chinês. Essa ação inclui sanções a empresas que, segundo Pequim, estariam envolvidas na venda de armas para Taiwan, um território que a China reivindica como parte de seu território.

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O governo chinês criticou as tarifas impostas pelos EUA, afirmando que elas violam as normas da Organização Mundial do Comércio e prejudicam a cooperação econômica entre os dois países. Em nota, o Ministério do Comércio da China ressaltou que “as medidas tarifárias unilaterais dos EUA minam a base da cooperação econômica e comercial entre a China e os EUA”.

Trump, por sua vez, defendeu suas ações afirmando que a China precisa adotar medidas mais rigorosas contra a venda de insumos utilizados na produção de fentanil, uma droga que tem causado sérios problemas de saúde nos Estados Unidos.

As tarifas sobre importações têm sido um tema recorrente durante o segundo mandato de Trump, que começou em 20 de janeiro. Recentemente, o presidente americano também assinou um decreto que impõe tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, além de anunciar tarifas recíprocas para países que taxam produtos norte-americanos.

As novas tarifas impostas pela China são vistas como parte de uma estratégia mais ampla para equilibrar as relações comerciais e fortalecer a indústria nacional. A expectativa é que essa escalada nas tarifas possa afetar significativamente o comércio bilateral entre os dois países, que já é um dos mais volumosos do mundo.

A situação atual reflete a complexidade das relações comerciais entre China e Estados Unidos, que têm sido marcadas por tensões e disputas ao longo dos últimos anos. Com a implementação dessas novas tarifas, a possibilidade de um agravamento da guerra comercial entre as duas potências se torna cada vez mais evidente.

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