
Frente fria se aproxima do Brasil após intenso calor; saiba o que esperar
A frente fria começará a se formar na quinta-feira (6/3) e trará alívio ao clima em diversas regiões do país.
Após dias de calor extremo em várias partes do Brasil, uma frente fria está prestes a atuar a partir do próximo sábado (8/3). O primeiro fim de semana de março foi marcado por temperaturas elevadas, que chegaram a quase 40°C em algumas cidades, como Quaraí, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o portal Meteored, a expectativa é de que esta semana registre temperaturas muito acima da média, tornando-se uma das mais quentes da história. A frente fria começará a se formar na quinta-feira (6/3), com a formação de um ciclone extratropical no sul da Argentina.
À medida que o sistema se desloca para o leste, em direção ao oceano, estará associado a uma frente fria que avançará pelo território argentino e, em seguida, atingirá o Rio Grande do Sul. A previsão é de que a frente fria alcance a fronteira do Brasil com o Uruguai no sábado (8/3), avançando gradualmente.
No domingo (9/3), o sistema se expandirá, afetando regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O fenômeno trará temporais e instabilidade no Sul, resultado do contraste entre o ar quente e úmido e a chegada de uma massa de ar mais frio.


A mudança climática afetará também os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde, embora a queda de temperatura seja menos acentuada, espera-se um aumento da nebulosidade e possíveis chuvas nos próximos dias.
Durante o período de Carnaval, os termômetros chegaram a marcar máximas superiores a 40°C em várias cidades. A MetSul Meteorologia destaca que a frente fria não implica necessariamente em frio intenso, especialmente entre dezembro e março, que é o período mais quente do ano.
O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo prevê sol e calor predominantes até o domingo (9/3), mas a combinação de altas temperaturas com a entrada da brisa marítima pode gerar instabilidades e pancadas de chuva rápidas e isoladas nas tardes.
O calor extremo registrado nos últimos dias é atribuído a um bloqueio atmosférico associado à Alta Semi-Estacionária do Atlântico Sul (ASAS), que dificultou a formação de chuvas na região. Esse sistema de alta pressão promove estabilidade atmosférica, afastando instabilidades e prolongando períodos de tempo seco e quente.
Enquanto isso, as semanas anteriores foram marcadas por chuvas intensas e tempestades frequentes na Argentina e no Uruguai, enquanto os Estados do Sul e Sudeste do Brasil enfrentaram escassez de precipitações e temperaturas elevadas.
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