
Frente Parlamentar da Agropecuária critica medidas do governo contra inflação
Para a FPA, ações anunciadas não são suficientes e o desequilíbrio fiscal é o principal problema
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou sua insatisfação em relação às medidas anunciadas pelo governo federal na última quinta-feira, 6, com o objetivo de conter a inflação dos alimentos. Segundo a FPA, as iniciativas são consideradas “ineficazes” e não abordam as causas profundas do problema.
Em nota oficial, a entidade destacou que o verdadeiro caminho para a redução dos preços dos alimentos reside na colheita da safra, que está prevista para ocorrer nos próximos meses, além da necessidade de corrigir ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil.
“As medidas apresentadas pelo governo federal são pontuais e ineficazes para efeito imediato, especialmente ao se utilizar recursos internos para zerar impostos sobre produtos importados, sem garantir o apoio à produção nacional”, afirmaram os representantes da FPA.
A FPA argumenta que o problema da inflação não está relacionado à oferta de alimentos, mas sim ao desequilíbrio fiscal do governo, que eleva os custos e contribui para a alta dos preços. “O governo tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o verdadeiro problema está em suas próprias contas públicas”, diz a nota.
Além disso, a frente parlamentar ressaltou que a transferência do ônus do desequilíbrio fiscal para os produtores rurais não resultará em alimentos mais baratos ou em uma produção viável economicamente.


Os parlamentares também aguardam um retorno do governo sobre as medidas estruturantes de curto e médio prazo que foram apresentadas pela FPA e pelo setor produtivo na semana anterior.
Outro ponto levantado pela FPA é a urgência em iniciar as discussões sobre o novo Plano Safra 2025/2026, que deve garantir a implementação total de recursos e acesso a juros adequados para os produtores rurais.
O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), defendeu a necessidade de investimentos em infraestrutura e logística, além da ampliação do crédito ao produtor rural, como formas de conter a inflação dos alimentos de maneira sustentável.
As medidas anunciadas pelo governo incluem a isenção de impostos sobre a importação de diversos produtos alimentícios, como azeite, milho e carnes. Contudo, a FPA acredita que essas ações não são suficientes para resolver a crise inflacionária que afeta o setor.
O debate sobre a inflação dos alimentos e as propostas da FPA segue em pauta, com a expectativa de que o governo leve em consideração as sugestões apresentadas pelos parlamentares e pelo setor agropecuário.
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