Projeto de lei visa incluir prostituição na Lei de Contravenções Penais, com penas de até 3 meses de prisão
09 de Março de 2025 às 13h38

Deputado Kim Kataguiri propõe proibição da prostituição em vias públicas

Projeto de lei visa incluir prostituição na Lei de Contravenções Penais, com penas de até 3 meses de prisão

O deputado federal Kim Kataguiri, representante do União Brasil em São Paulo e uma das principais figuras do Movimento Brasil Livre (MBL), apresentou na última sexta-feira (7) um projeto de lei na Câmara dos Deputados que visa proibir a prostituição em vias públicas. A proposta busca incluir a atividade na Lei de Contravenções Penais, que data de 3 de outubro de 1941.

Se a proposta for aprovada, a prostituição em ruas e avenidas do Brasil passará a ser considerada uma infração, sujeitando os infratores a penas que variam de 15 dias a 3 meses de prisão, além de multas que podem chegar a 100 dias-multa.

Em sua justificativa, Kataguiri argumenta que a presença de profissionais do sexo em áreas públicas frequentemente ocorre em frente a residências, o que, segundo ele, interfere no direito de locomoção e no bem-estar dos cidadãos. O deputado ressalta que esses locais de prostituição costumam se transformar em pontos de atividades ilícitas, como tráfico de drogas e outros crimes, além de atrair “indivíduos e veículos estranhos”, comprometendo a segurança da vizinhança.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

A proposta de Kataguiri reconhece que a prostituição é uma profissão legalizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mas enfatiza a necessidade de regulamentação para proteger o espaço público e os direitos dos moradores. O projeto ainda precisa passar por comissões antes de ser votado, e não há um prazo definido para sua tramitação.

O deputado também menciona que a privatização do espaço público por meio da prostituição afeta a qualidade de vida nas áreas afetadas, tornando-se um tema de relevância social e política. O projeto, se aprovado, poderá impactar diretamente a vida de muitas pessoas que atuam na profissão e a dinâmica das comunidades onde a prostituição é mais visível.

As reações ao projeto devem surgir em breve, uma vez que o tema é polêmico e envolve questões de direitos humanos, segurança pública e saúde. A discussão sobre a regulamentação da prostituição no Brasil é antiga e frequentemente polariza opiniões entre diferentes segmentos da sociedade.

O projeto de lei ainda está em fase inicial e, caso avance, poderá abrir um novo capítulo nas discussões sobre a prostituição e seus impactos nas cidades brasileiras. A proposta de Kim Kataguiri reflete uma preocupação com a segurança pública e o uso do espaço urbano, mas também levanta questões sobre os direitos dos profissionais do sexo e a necessidade de políticas públicas que abordem a questão de forma mais ampla.

Veja também:

Tópicos: