Companhia aérea investiga caso em que atriz foi pressionada a ceder assento em voo de Nova York ao Rio de Janeiro.
11 de Março de 2025 às 10h42

American Airlines pede desculpas a Ingrid Guimarães após episódio em voo

Companhia aérea investiga caso em que atriz foi pressionada a ceder assento em voo de Nova York ao Rio de Janeiro.

A American Airlines divulgou um pedido de desculpas à atriz brasileira Ingrid Guimarães, que relatou ter sido coagida a ceder seu assento na classe premium economy para acomodar um passageiro da classe executiva durante um voo de Nova York para o Rio de Janeiro. A companhia aérea afirmou que está em contato com a artista e que investiga o incidente para entender todos os detalhes do ocorrido.

O episódio, que ocorreu no último fim de semana, gerou grande repercussão nas redes sociais. Ingrid compartilhou sua experiência, alegando que foi pressionada por vários membros da tripulação a aceitar a troca de assento, sob a ameaça de que o voo inteiro seria cancelado caso não concordasse. “Eles colocaram um voo contra mim sem explicar em nenhum momento para os passageiros a situação”, declarou a atriz.

A situação se agravou quando a artista recebeu apenas um voucher de US$ 300 como compensação, sem qualquer explicação sobre seus direitos. O caso levantou discussões sobre as práticas de atendimento da American Airlines e o tratamento dispensado aos passageiros, especialmente em um dia simbólico como o Dia Internacional da Mulher, quando a situação ocorreu.

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Especialistas em direitos dos passageiros comentaram que a prática de realocar passageiros para classes inferiores, conhecida como downgrading, é permitida em circunstâncias específicas, mas deve ser feita de forma razoável e respeitosa. No entanto, a forma como a situação foi conduzida no voo em questão foi considerada inadequada.

No Brasil, a Resolução nº 400/2016 da Anac exige que, em casos de rebaixamento de classe, a companhia deve restituir a diferença do valor pago ao passageiro. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) protege os viajantes contra práticas consideradas abusivas, como a coação e a exposição pública.

O advogado Leo Rosenbaum, especialista em direitos dos passageiros, destacou que “o grande problema não é o downgrading em si, mas sim a maneira como foi conduzido. A exposição pública da situação é um desrespeito grave e pode ser questionada na Justiça”.

A American Airlines ainda não forneceu detalhes sobre as medidas que pretende adotar para solucionar a reclamação da atriz. A companhia reiterou seu compromisso em oferecer uma experiência positiva a todos os passageiros e continua a investigar o caso.

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