Ministro da Fazenda destaca que governo opta pelo diálogo e análise cuidadosa das propostas do setor
12 de Março de 2025 às 17h42

Haddad reafirma que Brasil não retaliará tarifas dos EUA sobre aço e alumínio

Ministro da Fazenda destaca que governo opta pelo diálogo e análise cuidadosa das propostas do setor

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que o Brasil não irá retaliar as tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio brasileiros. A declaração foi feita após uma reunião com representantes da indústria do aço, onde o ministro reiterou a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o governo siga pelo caminho do diálogo.

Haddad enfatizou que a postura do governo é de “calma nesta hora”, ressaltando a importância de observar como será a reação dos Estados Unidos diante da nova política tarifária, especialmente considerando a possibilidade de uma recessão econômica no país norte-americano.

O Brasil, que é o segundo maior exportador de aço para os EUA, logo atrás do Canadá, é um dos países mais impactados pela medida anunciada por Donald Trump em 9 de fevereiro e que entrou em vigor nesta quarta-feira. Além do aço e alumínio, a tarifa de 25% também se aplica a outros produtos como cobre e madeira serrada.

Durante a reunião, o Instituto do Aço apresentou propostas ao governo, que serão analisadas pela equipe econômica. Haddad informou que uma nota técnica será elaborada e enviada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), embora não tenha especificado uma data para a entrega desse documento.

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O ministro destacou que o governo está comprometido em estudar as propostas apresentadas pelo setor de aço, buscando uma solução que não envolva retaliações imediatas. Essa abordagem visa garantir um ambiente de negociação e estabilidade nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

A decisão de não retaliar as tarifas reflete uma estratégia mais ampla do governo brasileiro, que busca fortalecer laços comerciais e diplomáticos com os EUA, mesmo diante de desafios econômicos. A expectativa é que o governo acompanhe de perto as repercussões da medida e se prepare para responder de forma adequada às necessidades do setor.

O cenário atual exige atenção redobrada, uma vez que as tarifas impostas podem afetar não apenas as exportações brasileiras, mas também o mercado interno e a competitividade da indústria nacional. A análise cuidadosa das propostas apresentadas pelo setor será fundamental para determinar os próximos passos do governo.

Com a implementação das tarifas, o governo brasileiro se vê diante de um dilema: como proteger a indústria nacional sem provocar uma escalada de tensões comerciais. A resposta a essa questão poderá moldar o futuro das relações comerciais entre os dois países nos próximos meses.

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